Luanda - Terminou o pesadelo dos responsáveis do PP - Partido Popular. Foram mais de vinte e quatro horas arredados dos seus escritórios. A polícia negou-se intervir, sugerindo negociações.


Fonte: VOA


Esta manhã por volta das 8:00 horas, numerosas pessoas entre simpatizantes e amigos de causa concentraram-se na entrada do edifício nº159 na avenida do Combatentes.  Assustados talvez com o que se estava a passar no rés-do-chão, os ocupantes tentaram abandonar o edifício, alguns deles disfarçados em uniformes de trabalho.


Edson Leitão Apolinário, o responsável pela invasão, foi reconhecido e travado pela multidão que o entregou a esquadra móvel próximo do local.


“O que se passou na verdade é bandidagem, é delinquência. Porque a intenção deles era reter o nosso presidente na segunda-feira, caso aparecesse na sede…” sublinhou Carlos José, responsável da juventude no partido popular.


Para Gil Pedro, vice-presidente, depois deste resgate as actividades do partido seguem o seu curso normal.


“Não obstante a própria polícia ter encoberto os malfeitores. Portanto nós participamos ontem. Hoje idem, infelizmente não obtivemos uma resposta. Mas nós não fugimos à regra. Vamos esperar que eles façam uma peritagem e vamos seguir a nossa actividade como normalmente”.

 

Do lado do PP não parece não haver dúvidas quanto aos mentores desta acção como diz Benedito Sebastião, Secretário Executivo por Luanda.

 

“Diria que é um trabalho do regime… Eu pessoalmente estive 24 horas na polícia que não fez nada” rematou.


Este é um assunto inegociável, disse o Advogado Kaprakata…

 

“Vamos admitir que isto tivesse ocorrido na sede do MPLA, a polícia teria intervindo imediatamente, mesmo entre militantes do MPLA. Portanto ao não intervir, é porque a polícia terá recebido instruções de algum centro político, só se pode entender assim.”


Lembro que a sede do PP foi tomada de assalto na madrugada desta segunda-feira. Quinze homens contestavam a direcção presidida pelo advogado David Mendes, entretanto ausente do país.

 

Nas intervenções públicas que faziam, responsáveis partidários não lhes reconheciam militância.


Elementos afectos a corporação por nós contactado recusaram-se comentar a ocorrência.