Lisboa - O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, admite hoje, em entrevista ao Correio da Manhã, que os professores portugueses podem olhar para o "mercado da língua portuguesa" como uma alternativa ao desemprego que afeta a classe em Portugal.


Fonte: Ionline


“Em Angola e não só, o Brasil também tem uma grande necessidade, ao nível do ensino básico e secundário, de mão de obra qualificada”, respondeu o primeiro-ministro quando questionado se aconselharia os professores excedentários em Portugal a abandonar a sua zona de conforto e procurar emprego noutro sítio.


“Sabemos que há muitos professores em Portugal que não têm, nesta altura, ocupação. E o próprio sistema privado não consegue ter oferta para todos. Estamos com uma demografia decrescente, como todos sabem, e portanto nos próximos anos haverá muita gente em Portugal que, das duas uma, ou consegue, nessa área, fazer formação e estar disponível para outras áreas ou, querendo manter-se, sobretudo como professores, podem olhar para todo o mercado de língua portuguesa encontrar aí uma alternativa”, disse.


Se o Estado pode ajudar neste caminho, Passo Coelho respondeu que em “certa medida sim”, referindo os projetos de cooperação, sobretudo ao nível da língua portuguesa, seja em Timor, em Angola, Moçambique ou outros países.


Estes programas, revelou, podem ser alargados, sobretudo em países com mais recursos disponíveis para os financiar, como o Brasil, Angola, Moçambique ou Timor.