Luanda - “Luna Chiara” contorceu-se até ao limite da sua imaginação para esconder a sua verdadeira identidade. Mas a subserviência e o excesso de zelo da dupla José Ribeiro/Artur Queiroz destaparam-lhe o rosto. Agora ficou mais do que claro que não é uma cidadã qualquer que se esconde por detrás da “Luna Chiara”. Não sendo mentecaptos, a maioria dos leitores do Jornal de Angola (JA) já tinham percebido que por detrás de “Luna Chiara” se esconde alguém que não está habituada a ser contrariada e muito menos afrontada.
Fonte: Makaangola.org
Aliás, foi justamente por isso que a tal publicou, na quarta-feira da semana passada, uma carta no Jornal de Angola em que, entre outras vulgaridades, queixava-se do facto de a secretária-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) não ter defendido a deputada Tchizé dos Santos numa disputa que a opunha à mesmíssima secretária-geral do SJA. Ou seja, “Luna Chiara” reclamava que Luísa Rogério deveria apoiar Tchizé dos Santos numa peleja judicial em que a deputada exigia não o couro de qualquer outro membro do SJA , mas o dela mesmo, Luísa! Numa palavra: “Luna” queria ver Luísa num exercício de auto-flagelação.
Numa curta e sóbria reacção a essas infantilidades, publicada segunda-feira no mesmo JA, a secretária-geral do SJA aconselha “Luna Chiara”, ou quem quer que se esconda por detrás desse pseudónimo, a procurar “outro alvo para desviar o foco do essencial para o acessório”. Com muito o que fazer na vida profissional e sindical, Luísa Rogério aconselhou ainda “Luna Chiara” a procurar “outro brinquedo”.
E foi então aqui que a dupla Ribeiro/Queiroz entrou em campo, saindo em furiosa defesa de “Luna Chiara”. Numa tão virulenta quanto incomum nota de redacção, a dupla atribuiu a Luísa Rogério “expressões injuriosas” contra “Luna Chiara”, o que para ela é de todo inadmissível. Mas o que tanto enfureceu o Jornal de Angola? Simples: a dedução de Luísa Rogério segundo a qual “Luna Chiara” é pseudónimo de alguém que está num “pedestal de anonimato”, algo que para o JA configura “uma afirmação muito grave para nós”. E, já agora, “nós” quem?
Mas está mais do que claro que a causa do enfurecimento de José Ribeiro e do seu assessor não é a referência ao pedestal do anonimato. O que, na verdade, deixou embaraçada a direcção do Jornal de Angola é o desafio que a secretária-geral do SJA fez à “Luna Chiara” no sentido de ela fazer a “a sua boa acção do dia”, contribuindo “para a ampla divulgação” de uma resolução supostamente aprovada pela Assembleia Nacional abrindo o caminho a que a deputada Tchizé dos Santos pudesse acumular várias funções. Esta é a verdadeira causa da fúria do JA pela simples e ponderosa razão de que tal resolução simplesmente não existe. Nunca existiu! E a existir, só no imaginário da “Luna”.
Tomando como suas as dores de “Luna Chiara”, a direcção do Jornal de Angola decidiu investir inclementemente contra Luísa Rogério. Com o que ficou, mais uma vez, claro que entre lambe-botismo e a dignidade, José Ribeiro e Artur Queiroz já fizeram a sua escolha há muito tempo. Para que conste, Luísa Rogério é grande repórter do Jornal de Angola. Ou seja, entre defender a honra e a dignidade da sua grande repórter e passar pomada nos sapatos da “Luna”, José Ribeiro não teve a menor hesitação. Escolheu a segunda opção.
Como diria o nosso povo: José Ribeiro e o seu comparsa “já ganharam”. Eles conseguiram transformar o Jornal de Angola num desprezível panfleto de vassalagem total e incondicional ao poder, seus apêndices e arredores. E é para esse pântano que a dupla quer arrastar a totalidade dos jornalistas angolanos.
Por fim, que moral tem o JA para reprovar a referência ao pedestal de anonimato quando ele próprio é o ninho privilegiado de Paulinas Frazões, Afonsos Bungas e mais recentemente Álvares Domingos, todos eles pseudónimos de gente que não tem coragem para dar a cara pelos seus insultos e provocações contra pessoas de bem deste país?
