Lisboa – Abel Epalanga Chivukuvuku prevê  brevemente anunciar - ao país  - a sua retirada nas fileiras do maior partido da oposição angolana. Ao mesmo tempo, o ex-presidente da bancada parlamentar da UNITA, ira proceder com o lançamento  de  um  movimento político (previsto para 21 de Março) que o levará  a se apresentar,  como cabeça de lista no pleito eleitoral que se avizinha. O PALMA - Partido de aliança livre de maioria angolana, criado em finais  de 1994 deverá  integrar-se no seu movimento político.


Fonte: Club-k.net

Arrasta consigo cerca de 300 militantes

A  decisão de abandono a UNITA, ao qual agora se mostra mais determinado, surgiu na sequência de aturadas  analise da conjuntura actual do país, por um lado. E por outro, resulta da sua utilidade pessoal tendo em conta os “timings” político. Politicamente Abel Chivukuvuku entende que  pode dar um maior impulso ao país. Conforme os seus cálculos, a rotura com o seu actual partido é o caminho mais viável para a criação de uma verdadeira mudança em Angola.

 

Abel Chivukuvuku que em finais do corrente ano, completará 55 anos de idade, esta a pensar igualmente no time do seu retiro da vida política em função do factor idade. Estando na UNITA implicaria-lhe ficar mais cinco anos “parado ”  até a realização do próximo congresso em 2014.

Esta convencido que mesmo não atingir - com o seu novo movimento político - o resultado almejado nestas eleições gerais, poderá pelo menos  consiguir alguns lugares de deputados na Assembleia Nacional, o  que lhe permitirá fazer uma política de fiscalização ao partido vencedor e, ao mesmo tempo, aguardar pelo ano de 2017 (Já com JES fora da jogada política) para  voltar a concorrer como cabeça de lista. A esta altura estará perto dos 60 anos de idade, e caso ganhe, (em caso de um mandato) sai com 65 anos, e de seguida se reforma da vida política.

 

Apesar da sua ligação sentimental e histórica a UNITA, Abel Chivukuvuku tenciona fazer uma política de oposição ao regime, mas que por outro lado, se absterá em falar ou fazer criticas públicas ao principal partido da oposição. Perspectiva que o seu novo movimento político não seja visto como um retalho ou facção da UNITA. Para além de cerca de 300 membros da UNITA que se mostram disponíveis em seguí-lo, irá também contar com figuras da linha do ex-deputado do PRS,  Lindo Bernardo Tito e outros membros da sociedade civil com destaque para o grupo de Alexandre Dias dos Santos “Libertador”, ex-preso político das manifestações, que lidera o movimento cívico no Sambizanga.


Já dos quadros oriundos da UNITA, Abel Chivukuvuku vê se mais reconfortado em ser seguido por rostos poucos mediáticos, ou que, não estejam associados ao passado do “Galo Negro”. Tem sido, permanente, contactado por alguns quadros da UNITA que não se reveêm com actual direcção. Das reclamações que o levam, os queixosos alegam ter notado ausência de sinais de ambição da actual direcção, em não querer ser poder em Angola, suspeitando de estarem, totalmente, comprometidos ao regime.


O grupo de   Lukamba Paulo  “Gato” conhecidos como “possuidores de bons contactos” com ele não tencionam juntar-se ao mesmo  por questões de história e lealdade ao seu passado naquele partido. Chivukuvuku conta, na sua maior parte, com os chamados quadros urbanos da UNITA, da linha de  Xavier Jaime e Joaquim Muafumbua "Kinny". Dos históricos especula-se o nome do general Carlos Kandanda.

 

Embora esteja bastante determinado na sua decisão, Abel Chivukuvuku ainda não comunicou a direção do seu partido, sobre as suas pretensões de  rotura. Entretanto, tem  dado sinais de distanciamento  desde a realização do congresso XI,  (razão pela qual se recusou tormar posse no dia 21 de Dezembro, como conselheiro especial de Samakuva). Deixou de participar em reuniões e ao mesmo tempo responder convites para acções partidárias. Encurtou também as chamadas telefônicas a colega que, aparentemente, procuram  convencê-lo a recuar.