Luanda - O deputado Sampaio Mucanda entende que o governador do Namibe, Archer Mangueira, está a ser mal assessorado, por levar avante um processo judicial contra o activista Pedro de Sousa.

Fonte: Club-K.net

Numa exposição feita, o deputado pela bancada parlamentar da UNITA, eleito pelo círculo provincial do Namibe, refere que “é um grande equívoco pensar que o simples facto de levar a julgamento o activista Pedro Sousa se estaria a desencorajar as críticas contra a sua governação local”, disse, acrescentando que “isso terá efeito boomerang contra o queixoso”.

Para Sampaio Mucanda, em democracia “é normal que os cidadãos emitam suas opiniões contra ou a favor sobre políticas públicas. Quem não estiver em condições de aturar as críticas, que não se meta na política nem tão pouco seja gestor público”, porque segundo ele, “a acção política ou governativa não é para mimosos que lamentam e se queixam constantemente”.

O parlamentar na oposição entende que um governador provincial “deve estar rodeado por bons colaboradores que o ajudam na tomada de decisões e não por yes man que não conseguem emitir opinião mesmo vendo o chefe a praticar acto que mais tarde venha a descredibilizá-lo bem como a instituição que dirige”.

Sampaio avança que “os colaboradores e/ou assessores não devem apenas se preocupar com a remuneração, pois esta tarefa está acima dos salários e subsídios”.

“Infelizmente são estes colaboradores que consciente ou inconscientemente aconselharam mal o governador provincial para não receber a delegação Parlamentar da UNITA, para depois de 4h00 suplicar pelo regresso da mesma para ser recebida”, lembrou.

O deputado à Assembleia Nacional faz notar ainda que, “quem não estiver em condições de suportar críticas na política ou na governação que demita-se do cargo e vá gerir as suas fazendas, empresas ou seja um funcionário público normal”.

“O que é que um Governador Provincial ganha ficando a correr com os activistas?”, questiona Sampaio Mucanda, que espera que “do julgamento feito resulte numa sentença que observe os direitos fundamentais do cidadão no Estado democrático e de direito. Nada de perseguição, retaliação e instrumentalização dos órgãos de justiça”.