Lisboa - As recentes manifestações de históricos do MPLA em posicionarem-se, em defesa da retirada voluntária de José Eduardo dos Santos da liderança do partido, ganhou consistência, depois de um episódio em que o antigo Chefe de Estado teria interferido na decisão do novo Presidente em avançar com a nomeação de governadores províncias.

Fonte: Club-k.net

De acordo com fontes partidárias, o Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço fazia gosto de nomear Domingos Guilherme como Governador Provincial do Bengo em substituição de João Bernardo que fora nomeado embaixador em Paris.

 

Porém, ao levar o assunto ao Bureau Político do partido, a sua intensão foi alterada por vontade do líder do MPLA que sugeriu a nomeação Mara Regina da Silva Baptista Quiosa, sobrinha/neta de um falecido amigo de infância, Mário Santiago.

 

Mara Quiosa era a data dos factos, a vice-presidente da Comissão Administrativa de Luanda. Já Domingos Guilherme, estava colocado como vice-governador para o Sector Económico do Bengo e quando o PR nomeou João Bernardo como embaixador, era ele que estava indicado para interinar. O PR previa reconfirma-lo como novo governador.

 

De leituras pertinentes, o MPLA tem a cultura de colocar os governadores províncias, na dupla função de secretários províncias do partido. Como governadores são nomeados pelo Presidente da República mas como secretários províncias são ratificados em sede do partido pelo líder da organização, causando a chamada bicéfalia (um corpo conduzido por duas cabeças).