Luanda – Gerou sentimento de indignação, uma medida da direção provincial da comunicação social no Huambo solicitando aos órgãos de imprensa locais para que antes da divulgação de matérias remetam as autoridades para o devido acompanhamento.

Fonte: Club-k.net

A medida de censura consta na directiva 83/DPCS/HBO/018, assinado no dia 23 do corrente mês, pela directora provincial Dolina Nassopocia Miguel Tchinhama que diz agir sob orientação da vice-governadora para o sector económico, social e económico, Maricel Marinho as Silva Capama.

Na sequencia de reparos e criticas, o porta-voz do governo provincial, Alberto Praia, fez sair neste sábado, 24, um outro comunicado, informando que o executivo local demarca-se absolutamente da orientação da vice-governadora em exigir submissão as pautas de noticias previamente a sua divulgação.

Segundo o comunicado de Alberto Praia, o governo provincial “reitera o seu compromisso e engajamento com os princípios e valores constitucionalmente protegidos da liberdade de imprensa, assim como o direito dos cidadãos a informar e serem informados sem quaisquer limitações que não aquelas previstas na legislação vigente e aplicável em Angola”

Diante a medida de censura e a sua subsequente desvalorização /desautorização - por parte do gabinete de comunicação institucional do GPH - surgiram reparos pondo em causa a autenticidade do documento que se atribui ao porta voz do governo provincial.

Pelas redes sociais, o veterano jornalista e escritor Felisberto Costa “Kajim Ban-Gala” , chama atenção observando que o contra-comunicado atribuído ao porta voz do governo provincial “pois não está carimbado com o dito em uso no GCI do GP” e questiona se “Qualquer um pode fazer em computador uma folha A4, põe-lhe o símbolo da República, vaza um conteúdo e assina. E a autenticidade?”

Por seu turno, o jornalista Nelson Francisco Sul, alerta que “Há fortes indícios deste documento ter sido arquitectado num laboratório em Luanda e não no Planalto Central... E mais: como se explica a produção de um documento afecta a uma instituição do Estado, com a data de hoje, portanto, fim-de-semana? Pelo que eu saiba e é de lei que os serviços administrativos das instituições públicas não trabalham aos fins de semana, excepto os serviços operativos”.

Por conseguinte, o Secretario de Estado da comunicação social, Celso Malavoloneke assegura, em reação no mesmo espado (facebook), que “O documento é verdadeiro”.