Luanda - O discurso pronunciado na quarta-feira pelo Presidente da República, João Lourenço, na sessão solene do Parlamento Europeu em Estrasburgo, França, representa uma nova imagem de Angola em relação ao mundo.

Fonte: JA

A consequência imediata disso é a nova visão que o mundo passa a ter sobre Angola. João Lourenço foi cordial ao manifestar satisfação por estar naquele importante Parlamento, mas sem rodeios apresentou a narrativa resumida da história do nosso País e a capacidade de superação e o novo dinamismo do nosso povo.


Os principais pontos do seu primeiro discurso no Parlamento Europeu foram voltados para a permanente atenção às boas relações entre Angola e os países membros e todas as estruturas da União Europeia. João Lourenço foi diplomático ao propor o “desejo de um diálogo permanente e franco com o Parlamento Europeu, baseado no respeito mútuo, para que se reforce a nossa cooperação em todos os domínios de interesse comum.”


O Presidente deu mostras de que Angola é um país influente e revelou as preocupações com “algumas situações que preocupam os nossos dois continentes”. Alertou para a importância de um esforço conjunto entre ambos os continentes (africano e europeu) para a superação desses problemas.


João Lourenço soube, como poucos que discursaram naquela tribuna, impor-se como um estadista, um homem com convicção daquilo que é, daquilo que representa e daquilo que quer. Esta certeza e segurança, transmitidas aos presentes, foram consolidadas com a apresentação meticulosa das estruturas angolanas e, sobretudo, o bom funcionamento das instituições para o fortalecimento da democracia.


A regularidade na realização de eleições “periódicas, livres, justas e transparentes, participadas por diferentes partidos e coligações de partidos, com vista a legitimar o poder, elegendo o Presidente da República, os deputados à Assembleia Nacional e a formação do Governo” foram destacadas pelo mandatário angolano, assim como a independência entre os poderes constituídos.


João Lourenço sublinhou a preocupação com o povo angolano ao destacar os esforços, desde a sua investidura, para “implementar políticas que beneficiem directamente as populações, em concertação com todos os actores políticos e sociais da Nação”. Para a segurança dos investidores europeus, João Lourenço deu ênfase à “implementação de programas de estabilização macroeconómica e de consolidação fiscal, com vista a reduzir os efeitos da inflação e a normalizar o mercado cambial”. Políticas que são importantes para angolanos e investidores estrangeiros.


Com a habitual sinceridade, o Presidente angolano falou dos problemas que enfrenta. No entanto, imediatamente, soube mostrar as oportunidades que decorrem deste cenário actual. “Contamos por isso com a União Europeia como um importante parceiro que nos pode ajudar a superar os constrangimentos que ainda encontramos para colocar a economia angolana ao serviço do desenvolvimento, do progresso e do bem-estar das suas populações”, afirmou João Lourenço num tom de convite aos potenciais parceiros europeus.


Aquilo que foi chamada de “verdadeira cruzada contra a corrupção e a impunidade em toda a sociedade, com destaque para os chamados crimes de colarinho branco”, foi citado como uma “vacina” contra a tentativa de alguns que insistem em tratar questões internas angolanas como um problema que seja intransponível para o andamento normal do país. Nesse sentido, João Lourenço descreveu um cenário de estabilidade para os investidores e vaticinou resultados positivos para as acções em curso em todos os níveis.


“Acreditem que Angola vem se tornando nos últimos meses, num país mais aberto ao mundo e por isso mais amigo do investimento, mais aberto ao turismo. Angola está aberta ao investimento privado estrangeiro, praticamente em todos os ramos da economia, da agricultura e pecuária, das pescas, da hotelaria e do turismo, da indústria transformadora e dos materiais de construção, da refinação e distribuição dos derivados do petróleo e gás natural, da construção e operacionalização de infraestruturas rodoviárias, ferroviárias e portuárias, assim como da produção, distribuição e gestão de energia eléctrica e águas”, disse. Estas palavras são suficientes para que todo e qualquer investidor estrangeiro ou parceiro de outras nacionalidades possam ter uma visão real da Angola actual. João Lourenço conquista a confiança interna e externa a cada acção política que pratica.

*Director Nacional de Comunicação Institucional.
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