Luanda - Na ascensão de Adolfo Hittler à proeminência, entre os anos 1920 a 1930, na Alemanha, haviam três temidos homens que o protegiam de todas calinadas, sem, no entanto, permitir-se que os cidadãos revoltassem contra ofensas do homem que veio a revelar-se como o mais perverso da humanidade. Tratam-se de Joseph Gobbels, Hermman Goering e Heirinch Himmler. Paralelamente aos três ogros, haviam, ademais, outros esquivadores que acabrunhavam a lucidez da juventude. Eram os caçadores furtivos dos naturais erros do governo de Paul von Hindenburg, que, mais tarde, fora compulsivamente aconselhado a nomear Hitler como Chanceler.

Fonte: Club-k.net

Na sexta-feira, 10, da semana finda, os angolanos ouviram do líder da oposição a impávida instigação, na província do Huambo, que o povo do norte do país pejora os cidadãos daquela geografia de - bailundos e sulanos. (…) “essa é uma província que merece todo nosso respeito e a nossa homenagem, apesar de muitas vezes, lá pelo norte, tratarem-vos de forma pouco respeitável (…) os bailundos, os sulanos”.

 

Perto de os angolanos celebrarem o quinquagésimo aniversário da sua independência, proclamada em 1975, pelo inquestionável fundador da nação, Dr. António Agostinho Neto -, de feliz memória, cujo discurso, a máxime, foi unir os angolanos de Cabinda ao Cunene, do mar ao leste, admira qualquer cidadão mentalmente saudável uma fala tão intrigante como as que foram proferidas pelo líder do galo negro, na antiga cidade Nova Lisboa. Mas, para quem é politicamente atento e censura racionalmente seus discursos há-de notar que, além do populismo estridente, nada mais tem para acrescentar à nação.


Há dias, saiu aos queixumes acusando Washington - de favorecimento ao governo do MPLA, quando antes, os seus sequazes gabavam-se dele ser próximo aos paladinos da casa branca.

 

Entre nós, o que impressiona, porém, é o silêncio cúmplice dos castiços da opinião pública - os que se autointitulam como os filtradores do mal na esfera pública. Entrincheirados em jornais e portais digitais para, covardemente, acertarem suas pauladas contra membros do Executivo, sobretudo ao Presidente João Lourenço, remeteram-se ao silêncio tumular ante à instigação tribal do Fuher. Se aquilo fosse uma organização política séria - cujos membros também fossem, o separatista seria descamisado no local, e logo, desterrado do Huambo.

 

Mais de 72 horas se passaram, e até agora, não se viu nenhuma diatribe a repelir, instantaneamente, a sonegada incitação genocida. Não se acredita muito que venham fazê-lo nas próximas horas ou dias. Eles, entretanto, decidiram travestirem-se como os apóstolos do mal.

Benjamim Dunda
13.05.2024