Lubango  - O vice-presidente da República, Fernando da Piedade Dias dos Santos, declarou hoje (quinta-feira), na cidade do Lubango, que a integração regional, além da complementaridade económica, permite construir uma zona de paz e segurança, essenciais ao desenvolvimento, a consolidação das garantias, liberdades e o bem-estar social dos cidadãos.

Fonte: Angop
 

Fernando da Piedade discursava, em representação do Chefe de Estado, José Eduardo dos Santos, na cerimónia de abertura da 29ª Assembleia Plenária do Fórum Parlamentar da SADC, que decorre até sexta-feira.

Para o vice-presidente, “a plena liberdade, conquistada pelos nossos povos, permite-nos pensar em soluções mais adequadas para os problemas que os afectam, no quadro da luta pelo desenvolvimento sustentável da região”.

Sublinhou que ao proceder a abertura da Assembleia Parlamentar da SADC tem a convicção que se está diante de mais um passo rumo ao fortalecimento de uma integração regional, mais inclusiva e participativa, onde a defesa dos direitos de cidadania podem encontrar eco num fórum que expresse a vontade dos povos que representam.

Disse que o caminho de construção da integração regional passa pela harmonização das políticas que têm incidência na vida dos cidadãos e impõe a necessidade de complementaridade entre os países membros.

"Apesar do cumprimento das metas do plano indicativo regional enfrentar dificuldades, próprias de uma região com assimetrias assinaláveis, muitas delas ligadas a especificidades históricas de cada país, a integração é uma tarefa grandiosa, que requer o maior
empenho e depende do desenvolvimento harmonioso e da estabilidade dos Estados membros", realçou.

Fernando da Piedade declarou que o continente africano tem sido palco de inusitados incidentes que têm ceifado vidas humanas, que atrasam ainda mais o desenvolvimento político, económico e social, ou mesmo a sua emancipação, no âmbito do esforço para a sua inserção nos processos de globalização.

Para o vice-presidente da República,  as legítimas aspirações dos povos devem encontrar soluções internas, baseadas, sobretudo, em diálogos francos, corajosos e responsáveis, com um elevado espírito de irmandade e solidariedade, para que se encontre as melhores soluções para os problemas que se apresentem.

Enalteceu o papel que o fórum tem desenvolvido, com destaque para a adopção de uma lei modelo de combate ao HIV/Sida e na implementação da política do género, visando a paridade estabelecida pela União Africana.

Referiu também a contribuição do fórum no fortalecimento dos processos políticos, observando eleições e na solução de conflitos.

Salientou as abordagens que tem feito sobre fenómenos como a pobreza, as crises alimentar e energética, mudanças climatéricas, bem como sobre as relações no quadro dos acordos de parceria económica entre a União Europeia e os países África, Caraíbas e Pacífica (ACP).