Lisboa – A etapa de ascensão aos corredores do poder em Angola, teria iniciado com a sua passagem como responsável do gabinete de preparação de sessões do Secretariado do Conselho de Ministro (CM). Estava como trabalhadora estudante do curso de direito e ai chegou por intermédio de um conterrâneo seu, José Leitão da Costa e Silva.
Fonte: Club-k.net
Em 1997, quando o Presidente José Eduardo dos Santos formou a Secretaria- Geral dos Assuntos de apoio a Presidência da República, a agora jurista, Antónia Florbela de Jesus Rocha Araújo, solicitou transferência para a Casa Civil. Adelino “Zé” Peixoto, o “chancelar” do cargo, viu-se atentado em acomodá-la como directora do seu Gabinete. No ano em que o país, alcançou a paz, ela seria transferida para a assessoria jurídica da Casa Civil, na condição de assistente para, em Fevereiro de 2007 render o então Assessor jurídico Carlos dos Santos Teixeira que fora demitido por efectuar uma viagem ao exterior sem avisar o PR.
Com a configuração estatutária dos órgãos de apoio ao presidente, Florbela de Jesus Rocha Araújo viu renovada a confiança em si, pelo que seria reconfirmada no cargo titulando a nova designação, de Secretária para os Assuntos Judiciais e Jurídicos da PR. Tal confiança, foi movida por um reforço atribuído a Aldemiro Vaz da Conceição, director do gabinete de quadros.
A nível partidário, também notabilizou-se através da extinta célula da Presidência da Republica. Faz parte do trio dos principais assessores de JES que estão no Comitê Central do MPLA, onde entrou sob proposta da OMA. A sua entrada no CC , teria acontecido apos travessias em corredores partidários. Na altura, o Comitê do “partido na PR”, teria rejeitado a sua candidatura para este orgão. A inserção do seu nome nas listas da OMA teria surgido depois de ter aparecido no comitê provincial desta organização com um grupo de senhoras das bases e a sua presença foi interpretada como “re-encaminhada” do comitê da presidência. Trazia o antecedente de ter coordenado durante nove anos a secção da OMA dos serviços de apoio ao PR. É hoje membro da comissão de disciplina e auditoria da OMA Nacional
É também na sua condição de jurista, que Florbela Rocha Araújo esta filiada ao Comitê dos especialidade dos juristas do MPLA, estando paralelamente vinculada ao Comitê Municipal na Ingombota, reconhecido por congregar a massa intelectual, dos quadros do partido do poder em Luanda.
Academicamente, detém um mestrado e ciências jurídico – internacionais que lhe habilita na faceta de professora universitária que iniciou desde 2001. Tem um livro publicado sobre o direito do mar. Como docente tem passagem em instituições privadas como a Universidade Católica, Instituto de Relações Internacionais e na Lusíada, onde ensina a cadeia de direito internacional público. Nesta última, descrevem-na como “muito boa professora”, porém, os seus alunos atribuem-na a faceta de “mostrar superioridade”, tais como não “responder a cumprimento” nos corredores da Universidade. É pouco presente, na Universidade provavelmente por causa das funções que ocupa no aparelho de Estado. O vazio das suas aulas na Lusíada é preenchido por dois assistentes, Leonor e Rui Melo.