Luanda - O director do Centro de Documentação e Imagem, do Ministério da Comunicação Social, Drumond Jaime, afirmou hoje, em Luanda, que os repórteres de imagens são verdadeiros artistas, pois as suas obras ultrapassam o sentido meramente técnico da  área de actuação.


Fonte: Angop
 
 
Drumond Jaime fez esta afirmação quando procedia a abertura do 1º Congresso Internacional, com tema  “O poder de Imagem no exercício da profissão”, numa promoção da Associação dos Repórteres de Imagem de Angola (ARIA).
 
 
“A título de exemplo, cada um de nós já teve o ensejo de olhar para uma foto ou imagem e ficar ao ponto de se deixar comover pela carga artística que ela transmite”, asseverou.
 
 
Pelo seu poder de retratar cenas do quotidiano, indicou que a imagem pode ser compreendida como um bem material e natural que possui significado e importância artística, cultural, religiosa e até documental.
 
 
O também jornalista disse que muitas vezes tira-se uma fotografia e faz-se uma filmagem sem  imaginar o quanto ela vai ser importante um dia.
 
 
“Aquilo que hoje não tenha muita importância, pode revelar-se, com o passar do tempo, uma importante fonte de pesquisa e preservação cultural, ambiental ou mesmo histórica”, focalizou.
 
 
Neste sentido, Drumond Jaime indicou que o Ministério da Comunicação Social espera que o 1º Congresso da ARIA seja bastante proveitoso, produzindo conhecimentos e experiências que representem mais valia à profissão de fotógrafo.
 
 
“É nosso entendimento que os presentes devem fazer deste evento como uma espécie de academia, onde cada um ensina o que sabe e aprende o que não sabe, reforçando assim o seu potencial”, apontou.
 
 
O responsável ressaltou que o Ministério da Comunicação Social está aberto a toda colaboração com os profissionais da comunicação, principalmente no que toca a superação profissional.
 
 
No fórum, com termo previsto para sexta-feira, são debatidos vários temas relativos à fotografia.
 
 
Participam no mesmo, fotojornalistas de Angola, Portugal, China, São Tomé e Príncipe, Moçambique e o Brasil.

 

Profissionais de imagem almejam criação de um Instituto Superior

 

A cultura do profissionalismo associado a criação a necessidade de criação de um Instituto Superior Técnico de Imagem para formação contínua é uma das recomendações saídas do 1º Congresso Internacional da Associação de Repórteres de Imagens de Angola (ARIA).


 
Para os participantes ao certame que decorre sob o lema “o poder da imagem no exercício da profissão” os profissionais do ramo das imagens devem ser capazes de interpretar os desafios e avanços tecnológicos da era moderna.
 

A inclusão de cursos e cadeiras relacionadas ao foto-jornalismo no currículo da formação superior de comunicação social que está a ser ministrada nas distintas universidades e escolar técnicas de comunicação social, consta da recomendação.
 

Os mesmos, acrescenta o documento final, querem mais atenção a responsabilidade na comunicação através da imagem, bem como o aumento dos níveis de competência no domínio das ciências a fins, dos limites da ética e da deontologia profissional e das relações humanas.
 

De acordo com o informe final do congresso, há a necessidade de se preservar e recuperar os arquivos fotográficos, televisivos e cinematográficos oficiais para permitir não só a passagem de testemunho às gerações mais novas sobre as diferentes etapas da história do país.
 

Promover a discussão com organizações congéneres da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), para permitir num futuro próximo a criação de um organismo que seja responsável pela uniformização da protecção e defesa dos interesses da classe na comunidade, foi também recomendado.
 

Na ocasião o Director do Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR), Albino Carlos, chamado a encerrar o acto, disse que o tem capital importância, porquanto se realiza numa altura em que o país se prepara para a realização das terceiras eleições gerais.
 

Por este facto, instou os profissionais de imagens a para este importante momento porque esta classe de profissionais são actores sociais proeminentes em todo processo eleitoral, contribuindo para a mobilização e elevação da consciência democrática e cívica dos cidadãos.