Luanda  - O presente artigo visa simplesmente levar de forma significativa os nossos leitores à compreensão de como nasceu a “Máfia” e o porquê da sua ramificação a nível internacional, por ex. Brasil, Colômbia, EUA, e até mesmo em países Africanos, como é o caso da Nigéria, Angola e Congo Democrático, etc, etc .


Fonte: Club-k.net


A “Máfia, Maffia ou Mä’fe-a, subst.,” etimologicamente falando, não passa de um espírito de oposição à lei, numa preferência por acções privadas e não oficiais vez da justiça legal: uma sociedade criminosa secreta originária da Sicília ( Itália) onde os “Gangstars ( diferentes dos de hoje) controlavam as actividades ilegais, por ex. jogos, drogas, Contrabando de Bebidas Alcoólicas etc., em muitas partes do mundo em particular no EUA.

 

«A máfia é opressão, arrogância, ganância, enriquecimento próprio (ilícito), poder, hegemonia acima e por cima de todos os outros. Não é um conceito abstracto, um estado de espírito ou um termo literário…        É uma organização criminosa, regida por  regras ( muitas das vezes não escritas), mas inexoráveis e implacáveis… O mito de um homem de honra corajoso e generoso tem de ser destruído, porque um mafioso é exactamente o oposto.» 


Cesare Terranova, magistrado italiano assassinado em 1979


A História da Máfia (Cosa Nostra, como é frequentemente chamada) é tão sombria como a própria organização em si. Julga-se que terá tido origem na Sicília, durante a Idade Média, e que foi originalmente criada com o objectivo de proteger as camadas mais pobres da sociedade de forças invasoras, de bandidos locais, de proprietários dominadores e, mais tarde, de entidades governamentais, como a polícia e as forças armadas, por exemplo. Deste modo, foi crescendo o mito do chefe mafioso autónomo como uma espécie de Robin dos Bosques siciliano, praticando o bem junto dos seus vizinhos e amigos,. Tal teria dado origem a ideia de que eles eram, de algum modo, «homens de honra» que agiam tendo em mente o bem da comunidade. Poder-se-à supor também que a aversão e a suspeição naturais dos sicilianos pela implementação e pelo cumprimento da lei, a par do seu ódio pela implementação e pelo antigo sistema feudal, se combinaram para criar tipo de condições no seio das quais o sistema mafioso floresceu. 


Por altura de meados do século XIX, praticamente todas as povoações tinham um chefe de operações ou capo, muito embora quando Mussolini chegou ao poder, em 1922, o seu apropriadamente designado «Prefeito de Ferro» - Cesari Mori – tivesse mandado prender a maioria desses homens. Na verdade, a antipatia de Mussolini em relação a Máfia talvez derivasse do facto de os fascistas terem muito em comum com os seus equivalentes do submundo e Mussolini não apreciar a concorrência, tal como os novos lideres ditadores e mafiosos.


Segundo especialistas em criminologia do Brasil o crime organizado está longe de sofrer ruptura, apesar de se verficar os esforços da “Força de Segurança Nacional” em pôr fim a este facto, com apreensões de gangstars procurados internacionalmente, como o grande e respeitado “Fernandinho Beira-Mar, Juan Carlos Abadgia” que comandavam (?!) o tráfico de Drogas no Brasil, Paraguai, Colômbia, EUA e até mesmo em países d´África… 


Muitos têm tido a ousadia de comparar estes homens da presente máfia do século XX e XXI com os da Máfia Siciliana do século XIX, de onde faziam parte dela o grande Al Caponde, Joseph Bonanno, Carlo Gambino  ( e outros que havemos de falar sobre eles noutros capítulos).
 
 
Pois os mafiosos do passado século XIX, tinham apenas um único objectivo que era simplesmente o “Estilo de vida centrado na Família. Uma Família (com F maiúsculo, para a distinguir dos parentes mais próximos), na acepção siciliana do termo, é um grupo de pessoas, amigos aliados, bem como parentes de sangue, unidos pela confiança uns nos outros. Independentemente das suas actividades individuais variadas, os membros da Família apoiam-se uns aos outros, de todas as formas que podem, com vista a prosperarem e evitarem qualquer dano.


Existe de facto uma grande interligação entre a Máfia Siciliana do Séc. XIX e a do séc. XX-XXI, as diferenças estão sem sombra de dúvidas nos “actores principais” da actual Cosa Nostra. Hoje podemos dizer sem sobressaltos, que os principais actores da Cosa Nostra são os próprios Governos. Que governam corrupta-mente os seus povos e as instituições públicas, chegando ao ponto de transformarem o País em «estado Gangstar «, como disse e muito bem o Jornalista Rafael Marques, na entrevista que lhe foi concedida à Cadeia Televisiva portuguesa Sic Notícias , onde acusou ( com provas) o Executivo Angolano de ser o grande protagonista dos actos de corrupção e terrorismo.


Nota Bem: Nos próximos Capítulos, faremos uma breve recapitulação metodológica da vida dos grandes Mafiosos da  "Cosa Nostra" Siciliana... Para que possamos compreender a mente dos que novos gangstars.. Mais precisamente " Governos Máfia.