Luanda - O MPLA acusou a oposição e a UNITA em particular de tentativa de desestabilização do país em face do boicote, à aprovação do pacote eleitoral registado hoje na Assembleia Nacional.
Fonte: VOA
João Melo ignora caso Suzana Inglês
Segundo o deputado,João Melo, do MPLA, a atitude da UNITA configura uma oposição assente no radicalismo. Diz ele:“A oposição radical encabeçada pela UNITA denota mais uma vez a profunda irresponsabilidade política destes partidos”.
João Melo disse ainda que a oposição não deveria ter feito a solicitação ao Conselho Superior da Magistratura Judicial sob o argumento de que, a ser aceite, iria bloquear todo o processo eleitoral.
Aquele deputado do MPLA acusou a UNITA e seus aliados de tentarem inviabilizar a realização das eleições previstas para este ano.
Boicote no parlamento significa que oposição já antevê derrota eleitoral - MPLA
O boicote dos três maiores partidos da oposição aos trabalhos parlamentares constitui um sinal de reconhecimento de derrota nas eleições gerais de setembro, disse em Luanda o líder parlamentar do MPLA.
Virgílio Fontes Pereira, que falava no final da sessão parlamentar de Quarta-feira, marcada pelo boicote da UNITA, PRS e FNLA ao debate e votação de quatro diplomas relacionados com a organização das eleições, considerou que a oposição já antevê a derrota nas urnas, daí ter optado pelo expediente do boicote aos trabalhos parlamentares.
Instado a comentar a possibilidade de a oposição boicotar as eleições gerais de setembro, como já tinha ameaçado há semanas, Virgílio Fontes Pereira disse ser "provável que a oposição tenha na manga essa solução, mas essa responsabilidade caberá à própria oposição e as consequências serão depois tiradas no processo eleitoral".
"Se a oposição pretender criar uma situação de não retorno, de obstaculizar o processo eleitoral, as consequências desse ato competirão à oposição e não ao MPLA", disse.
A saída dos deputados da UNITA, PRS e FNLA ocorreu imediatamente depois de o presidente da Assembleia Nacional, Paulo Kassoma, anunciar o início do debate para a votação de quatro diplomas do pacote eleitoral.
No passado dia 02, em conferência de imprensa os três maiores partidos da oposição em Angola, UNITA, PRS e FNLA ameaçaram boicotar as eleições gerais caso persistam o que consideram como ilegalidades na preparação do escrutínio, ainda sem data marcada.