Namibe – Um total de 54 famílias (dentre eles crianças e velhos) pertencentes aos ex-trabalhadores de empresa de pesca “Socipesca” – localizada na Praia Amélia, no município de Namibe – foram surpreendidas na última quinta-feira, 08, ao ver os seus casebres a serem demolidas sob a ordem da entidade patronal.


Fonte: Club-k.net

ex-trabalhadores.jpg - 32.43 KbSegundo o correspondente local da VOA, Armando Chicoca, contactado telefonicamente por este portal, os familiares encontram-se atiradas ao “Deus dará”, uma vez que o local transferido não oferece qualquer tipo de condições. “Neste preciso momento, as crianças e velhos estão ao relento, alguns destes idosos dizem que estão ligados aquela empresa que vendeu terreno a terceiros, desde 1975”, contou.


De acordo com o jornalista, o ex-proprietário da “Socipesca” não tiveram o cuidado – durante a negociação – de criar condições mínimas para acomodação das referidas famílias. “As famílias foram evacuadas para uma área sem água, luz, escola e posto médico. Este chama-se Somália, tal como sucedeu com os sinistrados das cheias no ano passado”, revelou.


Para ele, “a transferência das famílias em plenas aulas só dificultará as pessoas com idade escolar, tal como professores que agora vão lidar com as salas de aulas vazias, em consequência da distância que ronda cerca de 18 quilómetros dia”.


Em declarações a VOA, o administrador municipal do Namíbe, Armando Valente, culpabiliza os ex-trabalhadores por terem negociado mal com a entidade patronal. “O governo provincial já providenciou os terrenos, com os direitos de superfície já pagos pela entidade patronal, para as famílias em questão”, assegurou.


Armando Valente prometeu, no entanto, acompanhar de perto as negociações entre ambas partes para não haver burlas. “Com terrenos já garantidos agora falta a entrega de chapas de zinco e um valor em dinheiro (não revelado), para cada um dos visados erguer sua residência”.