Lisboa – A manifestação realizada no passado dia 10  de Março, na província de Benguela, que visou   pedir ao afastamento de  Suzana Inglês da CNE e  de José Eduardo dos Santos da chefia do Estado angolano, foi promovida por um jovem  funcionário da repartição dos transportes da Casa Militar da Presidência da Republica, Hugo Kalumbo, de 22 anos,  que agiu,  inspirado em declarações feitas na comunicação social, pelo líder do Bloco Democrático em Benguela,  Francisco Viena.


Fonte: Club-k.net

Viajou de  Luanda para conduzir a revolta no litoral

A constatação é apoiada numa  habilitada coleta,  apreciada  pelo  Serviço de Inteligência e Segurança de Estado em Benguela (SINSE), com recurso a levantamento provenientes de Luanda.


De acordo com o histórico,  o jovem  nasceu em Benguela (Filho de mãe natural do Balombo e  pai do Lobito), mas mudou-se alguns anos atrás para Luanda por motivos acadêmicos. Porem, logo  após ter  concluído o curso de ciências sócias no colégio Ebony, na petrangol,  em Luanda, o jovem   entrou para a Casa Militar da Presidência da Republica  no desejo de ver-se inserido  na área de Recursos Humanos ao qual fazia gosto  por corresponder  com a sua formação. Acabaria, entretanto,  por ser colocado como mecânico, o que o desagradou.  Permaneceu  no trabalho, a contra gosto,  mas  sem ter feito resistência.  Hugo, ganhou simpatia dos colegas pela forma que  se empolgava  no debate para a  melhoria de condições de trabalho e salariais.


Em janeiro passado tomou parte em Viana de uma conferencia provincial da juventude realizada pelo grupo dos rostos viveis das manifestações em Luanda,  “Carbono” Casimiro e de Alexandre Dias dos Santos “Libertador”. Hugo passou acompanhar  os problemas sociais e políticos, e logo a seguir, ao anuncio da manifestação marcada para o dia 10 de Março, o mesmo deslocou-se a Benguela e junto com outros três  três amigos endereçaram, a 13 de Fevereiro de 2012,  uma carta ao Governo Provincial de  Benguela, a comunicar a   intenção de realizarem uma manifestação a 10 de Março de 2012 (sábado) pelas 13 horas, no Largo 1.º de Maio.  Na carta não colocaram as suas moradas nem as profissões deixando apenas os contactos telefônicos.


Hugo Kalumbo mobilizou  cerca de 300 jovens para o  protesto público.  No dia da manifestação, em Benguela, o grupo do SINSE  que seguia a acção de perto, ordenou que o prendessem quando, ele anunciou  pelo  megafone que tinha nas  mãos que passaria a palavra ao  seu ídolo, o líder do BD, Francisco Viena, que se encontrava no terreno  a assistir   a actividade dos jovens.    Para além de  ter sido acompanhado pelos operacionais do SINSE, fez também parte da   operação de detenção  um   quadro experimentado do sector da  investigação criminal provincial, Henrique Sikaleta, que tinha a missão de inverter os dados em tribunal.  


Embora sem provas do crime de “arremessa   e ofensa as autoridades”, o  jovem funcionário da Casa Militar  e os outros dois jovens (David Mericano e  Jesse Lufendo) acabariam  por ser julgado por um trio de magistrado, na pessoa de Victor  Assuilo, Tupita Tubias e a juíza Joline. Foram   condenado a 45 dias de prisão convertidos   em multa mesmo na ausência de provas.


A sentença, segundo analise de situação,  foi destinada a desencorajar  os mesmos ao  alinhamento da onde de contestação que os jovens levam a cabo contra a figura do Presidente, José Eduardo dos Santos.  Não há  entretanto,  informações que indicam se o mesmo fica ou se será despedido do seu emprego, na Casa Militar da Presidência da Republica.