Lisboa - Sete elementos armados invadiram por volta das 10 horas de sábado a residência da Secretária municipal do Bloco Democrático, no município do Cacuaco, Ermelinda Freitas.
Fonte: Club-k.net
Ao entraram para a residência, os miliantes apontaram armas contra todas as pessoas de casa e agrediram a empregada, com uma bofetada. Enquanto apontavam uma arma às costas do marido da dirigente do BD, os mesmos avançaram, casa adentro, para o quarto do casal, onde se encontrava Ermelinda Freitas, acamada com febre e um pé inchado, desde que foi agredida pelos elementos no dia 10 de Março, ao lado de Filomeno Vieira Lopes.
No momento da invenção que se registrou este sábado, o líder do grupo empunhava a arma com a mão esquerda, tinha um cachecol a cobrir o rosto, mas podia-se reconhecer-lhe uma cicatriz na face esquerda. Sem terem feito vitimas, os mesmos retiram-se numa viatura de marca Hillux, com a matricula tapada, levando consigo dinheiro, máquina fotográfica, computador, telefones, impressora, documentos, placa de internet e canetas electrónicas.
A Polícia Nacional chegou cerca de meia hora depois, alertada por telefone pelos vizinhos. Tomaram conta da ocorrência mas nenhum dos três agentes se quis identificar. Depois disto, o casal tentou contactar por telefone a Polícia mas os telefones estavam desligados.
A semana passada, jovens que participaram na manifestação do dia 10, incluindo um jornalista da radio despertar Coque Mukuta denunciaram que as suas residências foram assaltadas por elementos armados. Em casa e “Carbono” Casimiro, os mesmos tentaram agredir os jovens que ao se aperceberem-se meteram-se em fuga. Já em casa do jornalista deixaram um panfleto com ameaças ao qual identificaram-se como a milícia que recentemente a TPA promoveu como defensora do executivo do Presidente José Eduardo dos Santos.
Preocupado com o recurso da violência por parte das milícias, o antigo Primeiro Ministro angolano, Marcolino Moco, endereçou uma mensagem publica aos seus colegas do MPLA, no sentido de aconselharem o Presidente José Eduardo dos Santos a por cobro a onda de repressão contra jovens e seus opositores.
