Lisboa – O Director do Jornal de Angola,  José Ribeiro,  aparece como figura chumbada numa  apreciação   destinada a avaliar o seu perfil para Ministro da Comunicação Social.  Carolina Cerqueira a titular da pasta deverá,  entretanto permanecer no posto até as próximas eleições marcadas para Setembro do corrente ano.


Fonte: Club-k.net

Tem prejudicado a imagem do PR, segundo o SINSE

Sobre Ribeiro, a avaliação  desenvolvida por um “task” do  Serviço de  Inteligencia   e Segurança de Estado (SINSE),  que acompanha  o Jornal de Angola,  apresenta-lhe como tendo “muitas desvantagens”, cabendo agora o circulo presidencial na figura de Aldemiro Vaz da Conceição decidir o seu destino.  Embora seja um quadro exigente, é descrito como alguém que se incompatibiliza  com o seu elenco, o que causa com que seja conspirado por um  grupo de  directores das Edições Novembro.  Vive também um ambiente de perturbação  provocado pela ausência da esposa que esta a viver em Portugal. Dá-lhe  muitos gastos,  pondo-o  exaltado,  sentimento este, que o mesmo arrasta para o local de trabalho. Há momentos que  fica  com problemas de insônia, e para espairecer , ao invés de ficar em casa, opta por ir, as 2h da manha,    a sede do jornal    para acompanhar o fecho da publicação, o que  o leva a ser  encarado com comodidade.


A avaliação que vai até ao seu caracter  intimo, descreve-o como  calmo (quase que não se lhe ouve falar),  mais que as vezes excede-se na gestão editorial  da publicação. A dada altura, o SINSE teve de chamá-lo atenção por colocar exageradamente destaques com a cara do Presidente José Eduardo dos Santos.  A advertência de atenuação foi depois de o SINSE ter concluído que os “repetidos e exagerados  destaques” estavam a causar efeitos de saturação, aos leitores,  com relação a imagem do   Chefe de Estado angolano.  O quadro a quem a rede do SINSE, passou  a interagir  abertamente quanto ao dossiê, do Jornal de Angola, é  Filomeno Manaças, o DG adjunto e administrador das Edições Novembro. 


Em 2008, o SINSE teria também concluído que a prestação dos funcionários no Jornal de Angola necessitava de mais incentivos face as eleições legislativa  naquele ano.  Os trabalhadores  acabavam de ser prejudicados pela   gestão  menos boa,  de Luis Fernando, o então director, responsabilizado de se ter apoderado de fundos de compra de matérias e de ter  tomado partido na aquisição da primeira rotativa.


Entretanto, o SINSE, sugeriu ao governo, o aumento dos salários dos funcionários do Jornal de Angola, aquisição de viaturas,  regularização  na segurança social,  acesso ao cartão da Loja Jumbo e a  clinica Meditex, para consulta  médica dos mesmos. Tais incentivos propostos pelo SINSE, calhou numa altura em  que José Ribeiro estava a se firmar como novo Director, e acabou  por ganhar aceitação dos trabalhadores que julgavam que os incentivos tivessem partido dele. É por obra deste trabalho do SINSE, que o   Jornal de Angola é ao momento o órgão de comunicação público  em que os seus trabalhadores estão melhores  reconfortados.


As autoridades tencionam proceder com reajustes nos órgãos de comunicação governamental. A figura ao qual fazem gosto de ver a gerir o Jornal de Angola, é Victor Aleixo, um  veterano jornalista com  créditos firmados no mercado. Chegou a ser abordado sobre o assunto  tendo,  no entanto, estabelecido as suas condições para consideração da proposta. A gestão da  RNA  é também citada como estando a necessitar de reajuste.