Luanda – A próxima etapa do desenvolvimento da actividade seguradora está relacionada com a expansão da transferência e do financiamento de riscos seguráveis em todas as actividades económicas, informou  (quarta-feira), em Luanda, o ministro do Estado para a Coordenação Económica, Manuel Vicente.
 

Fonte: Angop
 
 
O governante, que discursava na cerimónia de proclamação da Associação das Seguradoras de Angola (ASAN), explicou que tal fim será alcançado com a criação selectiva de novos seguros obrigatórios, mormente no domínio da agricultura, com o aumento da cultura de gestão de riscos e de seguro, e com a diversificação da oferta do serviço.
 
 
 
“A organização e gestão de Bases de Dados da actividade seguradora e a publicação do Anuário Estatístico de Seguros em Angola são instrumentos valiosos para podermos acompanhar, com objectividade e isenção, a evolução do mercado segurador e, deste modo, poder-se afinar as políticas do Executivo”, sublinhou.
 
 
 
Efectivamente, disse Manuel Vicente, o seguro resulta da necessidade humana básica de segurança, protecção, certeza e estabilidade, razão pela qual há que se cuidar da prática e da acção das seguradoras para se manter intacta a confiança das pessoas, das famílias e das empresas, sem margem de fragilização nem redução.
 
 
 
Nesta senda, orientou a ASAN a priorizar, a partir de agora, a qualidade da transferência dos riscos, a solvência das seguradoras, a qualidade de gestão, factor determinante para a protecção financeira prometida aos seguros, e a solidez e a sustentabilidade da segurança financeira, com vista ao desenvolvimento da economia.
 
 
 
“As pessoas precisam de proteger os seus bens patrimoniais e as rendas, transferindo os seus riscos seguráveis para as seguradoras. A casa, o automóvel, a vida e os negócios têm de ser assegurados. E isso ajuda a libertar fundos para outras necessidades, transacções e investimentos. O mesmo se passará com as empresas”,salientou.
 
 
 
Acrescentou que a economia precisa de libertar fundos, pela necessidade de se aumentar o investimento para se criar rendimentos e manter-se a formação bruta de capital fixo e capital humano em todas as províncias do país, visto que sem empregos não se terá renda estável para as famílias, nem procura solvente para se reanimar a economia real.
 
 
 
Relativamente à ASAN, o ministro do Estado para a Coordenação Económica, adiantou que o seu Código de Conduta permitirá as seguradoras operarem com políticas e procedimentos consistentes, com os valores e os padrões de conduta que defendem e determinam a sua orientação estratégica e o seu comportamento no mundo dos negócios.
 
 
 
Na sua opinião, a ASAN ao aprovar o seu Código de Conduta mostra-se atenta e preocupada com a dimensão da ética da actividade seguradora e com a responsabilidade pelos actos dos seus empregados e administradores. Por outro lado, enfatizou e destacou que a recém-criada associação dá à informação e divulgação de conhecimentos sobre a actividade seguradora.
 
 
 
“De 2000 até aos dias de hoje colhemos os frutos da abertura do mercado, com a aprovação de legislação especializada sobre as diversas facetas da actividade, a constituição de mais seguradoras, o aumento dos capitais seguros, dos prémios, dos empregos no ramo e a expansão dos serviços às demais província do país”, finalizou.