Lubango -  A ausência do governador provincial da Huíla, Isaac Maria Francisco dos Anjos, em tribunal como queixoso foi um dos motivos que originou a petição dos advogados David Mendes e João Carlos a remarcação da audiência para o dia dezoito deste mês.


Fonte: Club-k.net



Para além da falta de Isaac dos Anjos em tribunal de acordo com o advogado de defesa, David Mendes, outra causa prende-se com o simples facto de os réus não terem sido devidamente notificados já que a lei impõe que devem ser participados no dia de julgamento, facto que o próprio Ministério público reconheceu através da juíza de direito, Mercedes João, estudante do quarto ano pela faculdade de Direito afecta a Universidade Mandume- Ya- Ndemufayo.


Na sessão em que os jornalistas não foram autorizados a entrar de acordo com o Comandante Municipal da Policia Nacional do Lubango, Intendente Fernando Domingos``Nando``, que justificou estar a cumprir ordens superiores, o jurista reparou que o tribunal não pode ser intimidatório visto que ali não existem ordens superiores, se a audiência é a porta aberta os jornalistas devem entrar e gravar principalmente a leitura da acusação e da contestação, são matérias que dizem respeito ao público e ainda verificou-se a presença de agentes da Policia de Intervenção Rápida (PIR) atitude também condenada por David Mendes já que percebe-se que é uma maneira de amedrontar os implicados no processo.


Se houvesse necessidade de segurança, segundo o nosso interlocutor, o tribunal tem solidez própria e que tal acçao não ficaria despercebida porque num Estado de Direito isto é inadmissível.


A sala de audiência do tribunal provincial, foi pequena para albergar o punhado de professores que ali se deslocou e exibiam cartazes com dizeres ``SINPROF EXIGE CLAREZA E JUSTIÇA IMPARCIAL``.


O Vice-presidente a nível nacional do SINPROF, Vitoria Pereira, diz que acredita na justiça e desde já agradece o apoio das distintas organizações nacionais e internacionais que estão com os professores, asseverou que a referida agremiação não se calará jamais na defesa dos direitos dos seus filiados.


De recordar que são réus neste processo número 1746/11-B os professores Emiliano Afonso Sikonekeny,Antonio André, Osvaldo de Oliveira Congo, Jacinto João Sakandjuele,Juliao Coelho da Silva, Elisa Natália Alberto dos Santos Luís, João Francisco, Adelino Manuel Cufuma e Cármen dos Santos Luís.


E são declarantes Isaac Maria Francisco dos Anjos, Sérgio da Cunha Velho, Américo Chicoty, Jacinto Jamba , Constância dos Santos, Luís Luciano Jacinto, Paula Nepalanga Jacob,Tadeu Colombo, Pedro Chissingui, Gaudêncio da Conceiçao Bento e José Pedro.