Efectivos das FAA sob comando do chefe da Casa Militar, general «Kopelipa» auxiliaram a Comissão Nacional de Eleições na movimentação de meios para as assembleias de voto. As FAA são igualmente creditadas como tendo também feito parte do sucesso que se observou no interior do país.Ao abrigo de um entendimento com a CNE, colocaram à disposição desta meios para transporte de parte da logística da
CNE .

Em relação à capital havia a indicação da parte da CNE de que a Comissão Provincial de Eleições tinha tudo controlado. Porém, a poucas horas da abertura das urnas constatou-se que a CPE não só não tinha lastro para a missão que lhe competia, como tinha sido também sujeita a actos de resistência passiva por parte de alguns escrutinadores.

Dias antes e preocupada com o desencanto de muitos escrutinadores e outros, a CNE elevou os seus subsídios de 200 para 400 dólares. Porém, nem isto convenceu alguns a fazerem o que lhes competia.

Entretanto, escrutinadores ouvidos pelo Semanário Angolense, atribuem culpas inteirinhas à CPE. «Muitos de nós às 11 da noite do dia 4 ainda não estávamos credenciados, e outros só o foram a meio da manha do dia 5». Com todos estes contratempos, na madrugada de 5 de Setembro já havia indicações de que, ao contrário do que projectava para o interior, na capital haveria um caos.

A essa hora já o general Kopelipa e membros do seu «staff », que ao que se diz passaram a noite em branco, tinham
em andamento um plano que evitou que mais assembleias de voto fi cassem encerradas.

Foram arrombados armazéns onde estava guardado equipamento que era suposto estar nas assembleias de voto.A sua movimentação por quase toda cidade permitiu que algumas assembleias abrissem ao meio da tarde, e que outrasestivessem completamente operacionais às primeiras horas do dia 6, sábado.

Fonte: Semanário Angolense