Brasil -  A atipicidade de governança  que nos impôs o partido no poder  e a ambição descabida de seus dirigentes não pode  ser motivo para que estes  e aquele  ignorem os avanços democráticos  que em outras latitudes povos e nações têm conquistado. E naqueles lugares ( latitudes) nem para isso se precisou de tanto sangue ou os massacres  que  num passado serviu para solucionar problemas entre os angolanos. Foi  simplesmente  o ato cívico ou ainda a consideração que se tem  pelo próximo.


Fonte: blogdonelodecarvalho.blogspot.com
 

Um  dos modos de se  evitar a barbárie, a falta de respeito, a má educação  e a ignorância,  em cada ato dos nossos governantes  é  fazer  que cada um desses atos  e procedimentos sejam transparentes. Atos que podem parecer individuais  deixam  de  ser  quando  os mesmos  são feitos em nome de um  cargo público que se ocupa. O ocupante dessa posição  é  um gestor, que queira-se ou não, está  exposto  aos olhos da opinião pública, que precisará saber   e  ter curiosidade  de  todas  as ações do nosso administrador público.

 

A curiosidade  e o querer-saber  da opinião pública não constituem, simplesmente,  um ato de intromissão  precário –que para muitos, no contexto angolano,  sempre, vale  a pena desprezar- ou mesmo uma mania. Não  são manias de adolescentes  colegiais ou jovens universitários sonhadores de um mundo só projetados na cabeça desses.  Ao contrário do que se imagina, é uma necessidade vital para a existência do próprio Estado, que se diz ser  Democrático e de Direito. Não existe esse (o Estado) sem comunicação e informação,   e viabilidade  para que aqueles  dois itens  se apresentem  com um determinado grau de simetria diante de toda sociedade. Simetria que não precisa ser perfeita, mas ajuda a estabelecer  a simbiose necessária entre estado e sociedade.

 

 A transparência dos atos públicos ou daquilo tudo que se faz em nome de todos deve ser feita com leis que poderíamos muito bem “copiarmos”  sem   nenhuma das delongas que existem por aí,  quando se quer justificar o direito que uns têm mais sobre os outros, nesta  Angola dita de todos,  mas que se governa para beneficiar simplesmente a alguns.

 

O exemplo a ser seguido vem da outra costa do Atlântico e que já existe em muitos países europeus. Chama-se de Lei ao  Acesso à Informação  (http://www.cgu.gov.br/Imprensa/Noticias/2012/noticia06612.asp), que no Brasil entrou em vigor quarta-feira dia 16 de Maio. É só acessarem esse sítio eletrônico, aí, e descobrirão  o objetivo e a finalidade deste artigo (que é o de tornar o Estado Angolano em  servidor da sociedade e vice-versa, mas em benefício absoluto para esta).

 

A  lei pode servir de inspiração aos nossos políticos e  partidos  que tanto se gabam de quererem  fazer  muito por esta Angola, e por aqueles que nunca convencem ninguém de que estão aí ocupando cargos públicos desinteressadamente. Chegou a hora desses, com uma lei similar,  a aqui mencionada,  provarem que todos nós  nos equivocamos sobre os mesmos.

 

É ver para crer!