Huambo – A população da província do Huambo está irritada com a destruição e a vandalização do património cultural por alguns empresários locais detentores de máquinas de exploração de inertes. “Já não há mais respeito naquilo que é sagrado, os monumentos e sítios da província estão entregue as suas sortes, muitos estão a  contribuir para apagar a nossa  história”, lamentou uma das nossas fontes.


Fonte: Club-K.net

“Os governantes deviam tomar iniciativas de proteger o património ao invés de ficarem preocupados com os seus negócios”, disse Elias Muangala da Associação dos naturais e amigos do Ngulaua. O nosso interlocutor lamentou a destruição total da pedra Silu, considerada sagrada durante séculos.


Os populares daquela região acusam o general Tchiteculo de ser o protagonista da venda da pedra depois de ter proferidos ameaças aquela comunidade, à uma empresa de construção civil que montou no local uma britadeira que está a fornecer material de inertes  as obras de ampliação do aeroporto Albano Machado.


Já em 2007 os governantes do planalto central tentaram vender as pedras Nganda e kawe pedras de grande valor histórico na resistência contra a ocupação colonial. O negócio não chegou a ser realizado graças a população do Muangunja que ameaçou abandonar a aldeia caso vendessem as pedras para reabilitação da estrada Huambo Caála.


Manuel João, munícipe da cidade do Humbo, acusa os governantes de serem piores que o colono português que até realizava festas nestes locais para honrar os mortos. De recordar que a pedra Silú tinha mais de cem metros de altura com cavernas aparentemente esculpidas pelos homens primitivos, durante a ocupação colonial tais cavernas serviam de refúgio.