Ndalatando – A UNITA no Kwanza Norte ensaiou no último sábado, 19, a sua máquina eleitoral por ocasião da mega manifestação, convocada pelo seu presidente Isaías Samakuva, cuja tonalidade foi “queremos eleições livres e justas”. A mesma percorreu todas as artérias da pequena cidade de Ndalatando, juntando assim milhares de militantes, simpatizantes e amigos daquela segunda maior força política em Angola, causando assim inveja aos dirigentes do MPLA que também aderiram na clandestinidade.


Fonte: Club-k.net

A multidão veio de todos os bairros e ruas de Ndalatando. Jovens de motorizadas, carros e outros apearam obstruíram o trânsito rodoviário devido a enchente dos manifestantes que aguentaram a quentura do sol ardente que se fez sentir naquela cidade durante o acto.


No decorrer da manifestação, foi possível detectar a presença massiva dos agentes do SINSE local – uma vez que a maior parte deles são conhecidos pelos populares –, entretanto, este portal detectou a presença do único repórter local (cujo nome preferimos omitir) pertencente a uma emissora radiofónica privada com a sede na capital do país, que cobriu o evento do princípio ao fim. A par isto, o repórter do Club-k identificou a presença de várias figuras ligadas ao MPLA.


Ouvido pela nossa reportagem, o secretário provincial em exercício do “Galo Negro”, Rodrigues Carlos Escórcio Lucas, disse que os objectivos traçados pela sua formação política foram alcançados. “Cumprimos com 90% do nosso programa. Agora exigimos, simplesmente, que eleições sejam livres, justas e transparentes, para que os eleitores possam votar sem qualquer desconfiança”, acrescentou o político”.


Questionado sobre a deliberação do acórdão do Tribunal Supremo sobre o afastamento de Susana Inglês da testa da CNE, Rodrigo Escórcio enfatizou que o acto visou simplesmente repor a legalidade. “É a legalidade que foi reposta e a UNITA, a sociedade civil e o povo venceram”, reconheceu o político dos maninhos.