Luanda -  Foi entre receios e insegurança, mas com muita vontade de fazê-lo que ouvimos a convocação da manifestação do dia 19/5. Já faz tempo que tal acto se tornou necessidade gritante dos Angolanos, pois a UNITA é a esperança real e credível dos Angolanos.


Fonte: Club-k.net


Não tardaram as vozes que prognosticaram o fracasso dessa manifestação e a propaganda hostil do MPLA/JES pregando início de guerra e diabolizando a figura da UNITA. Já li um “mini-dicionário da linguagem M” onde, manifestação (se não for para bajular) é sinónimo de guerra, Angola é sinónimo de quinta do Zé, Cadeia é condomínio para alojar a oposição.


Na mobilização a UNITA é imbatível. Mesmo sem Cucas, sem Kuduros, sem Sembas e falados shows, a mensagem da UNITA toca todos os Angolanos que sentem na pele e na alma o desafio de viver na “quinta do Zé” onde tudo é deles. Mesmo sem TPAs, Zimbo, RNA... pra difundir a o evento, de boca em boca, de táxi a autocarro, de amigo a amigo, a mensagem foi pra lá onde devia chegar.


Foi com muita alegria que vi e os Angolanos acederem o convite da UNITA, um pouco por todo o país e pelo mundo.


O regime através do seu sistema de justiça (ainda não vi separação de poderes), já haviam cedido à pressão da Unita, mandando a Mamã Suzana para casa. Os opositores da manifestação da UNITA, já sugeriam a sua anulação, mas o “chute” que a mama Suzana levou (como Pedrowski ilustrou) aumentou a vontade dos Angolanos se manifestarem, e naquela hora MANIFESTAR ganhou outro significado: MANI de maninhos, +FESTAr de festa (Festa dos Maninhos). Claro que a saída da mama da Oma da presidência da CNE, não foi apenas conquista da UNITA, os “revus”, a Omunga, o BD, o PP e mais alguns fizeram a sua parte, a UNITA e o PRS já tinham feito recurso ao Tribunal. Mas tudo isso, não tinha resultado. Foi a convocação da manifestação pela UNITA que levou o Man Dudas (JES) a abrir mão da velhota (enquanto arquiteta a o próxima batota, que me parece ser a alteração da LOEG).


Na Hora e momento certo


Muitos angolanos não têm notado o contributo-chave da UNITA na manutenção da paz que vivemos. Só para verem a dimensão deste contributo, verifiquem que:

- após o anúncio do fim da guerra, nenhum ex-militar da UNITA ficou disperso por alguma mata, ou vila atacando assaltando ou roubando, como aconteceria no Iraque, no Afeganistão, em Israel ou em outras nações que apesar de terem declarado fim de guerra se debatem sempre com ataques suicidas de rebeldes.


- Mesmo com a hostilização da UNITA, nos meios de informação públicos, sem possibilidade de estender o sinal da Rádio Despertar, sem acesso ao seu património retido pelo partido da situação, a UNITA cumpriu com todos os compromissos dos acordos de Paz, enquanto que o Governo Angolano abandalhou os ex-Militares, sem pensões, sem emprego e sem habitação, pra não falar de água, luz e saúde.


- A UNITA ainda assiste, o assassinato dos seus membros sem retaliar. Muitas vezes os assassinos são identificados, mas nunca foram presos, julgados nem condenados apesar das queixas remetidas.


A UNITA tem “engolido” estas e outras situações, em nome da paz. Por isso, muitas das atitudes radicais que se esperam da UNITA como oposição, só podem ser tomadas na hora e momentos certos para que não sejam aproveitadas como pretexto para fazer correr mais sangue de angolanos. Nem sempre a passividade representa fraqueza:


Se a UNITA aderisse e mobilizasse os seus militantes para a manifestação de 7/3/2011 (primeira pós primavera árabe), e as demais convocadas no mesmo ano, a presença da UNITA teria servido bode expiatório dos males que Rui Falcão e Dino Matross prometeram. Estas manifestações foram sempre convocadas por gente, não identificada. (Naquela altura ninguém conhecia o Carbono, ou qualquer outro “revú” como conhecemos hoje). E foram sempre convocadas com cariz  apartidário. A UNITA respeitou este princípio.


Reconheço alguma ingratidão da UNITA por não ter referenciado os “Revús”, como referenciou ao PP de David Mendes. Mas enquanto “Revú” sei que quando arriscamos nossas vidas lá no 1º de Maio e no Largo Serpa Pinto, não foi pra um dia recebermos um troféu da UNITA, foi pra defendermos Angola e os Angolanos. Os “Revús” foram um factor determinante do sucesso da manifestação da UNITA.

A manifestação da Unita veio “na hora e momentos certos”


A manifestação da Unita saiu quando estavam criadas as condições de ela correr com sucesso. Foi necessário sencibilizar o Governo, A Polícia, as FAA e o Povo.


A Unita saiu as ruas pacificamente. Os seus líderes fizeram-se presentes na manifestação não para provar que perderam o medo, mas sobretudo para cumprirem com um dos princípios da UNITA: “descer e subir com as massas”, por outras palavras, manter os dirigentes junto do Povo. 


O sucesso da manifestação permitiu sim que muitos membros da Unita finalmente dessem a cara e falassem dela na primeira pessoa. Foi uma oportunidade dos duvidosos renovarem a confiança no Partido. A Unita é um partido forte, no tempo e no espaço.



POLÍCIA e MILÍCIA


O dever da polícia é mesmo de proteger qualquer cidadão, ainda mais quando em manifestação.  Com a circunstância actual era muito mais importante, também a Polícia fazer alguma boa fotografia, pois, ainda sangram as feridas de Filomeno Lopes e os angolanos sabem quem tem culpa no cartório.


O regime podia até pensar no uso de milícias, mas é uma tática já conhecida e contra cerca de 500.000 jovens fresquinhos podia não ser sido tão fácil. O facto do regime não ter reprimido a manifestação da Unita, não garantiu que o Galo Negro deixou de ser uma ameaça para o MPLA;
 
 O objectivo da UNITA não é se tornar um perigo para o MPLA, mas sim uma alternativa de governação melhor para Angola em que os angolanos podem apostar e ganhar. O perigo do MPLA é ele mesmo quando engana e maltrata o povo Angolano.


A manifestação do Galo Negro nao foi igual a do Movimento Expontâneo, pois não teve patrocínios, atractivos musicais, ou alcoolicos.

A harmonia e co-existência entre o MPLA a Unita são um imperativo do qual benficiam Angola e os Angolanos. Se eles se desentendem, tudo fica feio.

A PEDAGOGIA DAS MANIFESTAÇÕES


Certo dia fui questionado porque é que os “revus” insistiam com as manifestações se não têm força suficiente para enfrentar as milícias? Eu respondi que alem de tudo o que defendiamos, estavamos também a educar os Angolanos a perderem o medo nafesa dos seus direitos. De 2011 para cá, as manifestações estão a entrar no dia-a-dia na consciência dos Angolanos e em breve os resultados se farão sentir. Já existe uma atenção cada vez maior dos cidadãos ante os acontecimentos do país, e de-mos graças a internet, onde cidadãos singulares informam na hora com verdade e isenção substituindo os órgãos de comunicação social públicos (TPA, RNA, ANGOP, JA), que não passam de manipuladores da verdade e produtores da mentira.


TODOS TÊM DIREITO DE SE MANIFESTAR;



A Unita conquistou por si o respeito que ela tem do seu adversário, pois, muito antes dos jovens revolucuonários terem apanhado das milícias em Luanda e Benguela, os militantes da UNITA já morriam um pouco por todo país, mormente na provincia do Huambo para onde se teve que constituir a CPI. Não existem afilhados ou enteados do M.


Se foi comprado ou não, sei apenas que SAMAKUVA está agora a mostrar a verdadeira veia de um lider da oposição;
Nota 10 pela sua participação na marcha. Nota dez pela maneira cautelosa com que tem conduzido a UNITA.


SERÁ O DIREITO A REUNIÃO E MANIFESTAÇÃO ESTÃO GARANTIDOS?


A normalidade como correu esta manifestação não pode ser motivo para o regime gabar-se, que há democracia em Angola e que o direito as reuniões e manifestações consagrado na lei são respeitados no país do “pai banana”. Se as vozes dos Josés Ribeiros o quiserem provar que tentem dizer que 32+1 é muito no seu Jornal de Angola…
 É preciso que o regime respeite a integridade física e moral das pessoas. É preciso que o regime responda com soluções viáveis as reclamações dos manifestantes e dos grevistas.


Está de parabéns o Povo Angolano. Foi uma actividade que mostrou bem o peso da UNITA e aumenta as responsabilidades que ela tem com Angola e seu povo. Podeis contar com a UNITA – Sempre!

Nunca é demais lembrar que 32 É MUITO.