Paris - O músico angolano Paulo Flores esteve a 2 de Junho no Teatro de Paris, com casa cheia, para um espectáculo de apresentação de um disco especialmente concebido para o público e mercado francês.
 

Fonte: Angop


O espectáculo foi assistido por angolanos e franceses, com realce para o corpo diplomático angolano acreditado em Paris, entre os quais o embaixador de Angola em França, Miguel da Costa, o embaixador de Angola junto da UNESCO, Diakumpuna Sita José, assim como o cônsul-geral de Angola em Paris, Manuel António “Soviético”, entre outros que se mostraram felizes com a aposta dos músicos angolanos no mercado francês que é neurálgico para a internacionalização da música angolana.
 

Emblema da música angolana, muito popular na comunidade lusófona, Paulo Flores nasceu há 40 anos, em Luanda. Os “ex-combatentes” dos quais ele conta a vida em muitas das suas canções são os milhões de angolanos que sobreviveram durante mais de 40 anos num país em guerra até 2002.

 
Ao longo dos seus vinte anos de carreira, Paulo Flores inventou o seu próprio semba: virtuosidade do dedilhado nas cordas, alternância do baixo e batida pesada dos batuques. As sonoridades brasileiras de algumas músicas lembram a longa história que une os povos de Angola ao gigante sul-americano. Paulo também integra na sua criação musical pulsações, sons e cores de todas as Áfricas.

 
“Paulo Flores, um Diamante de Angola (...). Os sucessos de Paulo Flores, que combinam os sons tradicionais do semba com o blues e os sons do Brasil, fazem dançar Angola e toda a África lusófona há vinte anos. Dançar sim, mas também sonhar e pensar, através de textos poéticos e engajados” - escreveu recentemente um articulista do jornal Liberation.
 

Depois desta sua actuação em Paris, Paulo Flores é aguardado com forte expectativa para o encerramento do festival Rio Loco no próximo dia 16 de Junho, onde se presta uma homenagem à diva dos pés descalços, a cantora cabo-verdiana Cesária Evora. Antes, no próximo dia 14 de Junho, actua o Conjunto Angola 70.