Lisboa – Identificado no seio do clã presidencial, um sentimento revelador de perca de influencia a nível da classe política angolana reflectido na acção de dirigentes que nos últimos quatro anos terão agido com desfeitas criando dificuldades aos mesmos ou se revelado indisponíveis em atender os seus pedidos conforme acontecia no passado.
Fonte: Club-k.net
Ao ponto de ministros criarem lhes dificuldades
Um episodio relacionado a influencia que reconhecem estar a perder sucedeu-se com um dos filhos do PR, o empresário José Filomeno dos Santos “Zenu”, que viu o ministério do interior a ser pouco eficaz em atender ao pedido de uma empresa para operar na área da logística daquela instituição.
Em conseqüência das desfeitas que tem se assinalado, são atribuídas ao núcleo da família presidencial acertos de idéias no sentido de fazer chegar ao patriarca, José Eduardo dos Santos uma lista contento nomes de governantes que os “deixaram cair ” em negócios e que consideram desmerecedor de uma recondução no próximo governo a sair das eleições de 31 de Agosto.
Entre os dirigentes marcados pelos familiares de JES, sobressaem os nomes do ministro do Urbanismo e Construção, Fernando da Fonseca, o secretário de Estado para a Construção, José André e o ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Afonso Pedro Canga.
Os dois responsáveis da área da construção, apareceram nas reclamações como tendo sido desfavoráveis para o “set up” de um projecto ligado a construção civil de autoria de uma sobrinha de JES, identificada por Patrícia Santos em parceria com o esposo Nzagi Correia Neto. Ambos governantes são referenciados pela família presidencial como tendo monopolizado o programa de reestruturação da vias secundarias e terciarias de Luanda, favorecendo as “suas próprias empresas”.
De acordo com explicações, os pedidos da família presidencial ao ministro Carlos Fonseca são canalizados por intermédio do vice-ministro para o Ordenamento do Território, Clemente Júnior mas por sua vez, o titular da construção desagrado-o, o que leva o clã a interpretar o seu silêncio como “recusa”. O ministro Carlos Fonseca que é um quadro oriundo da Sonangol, ficou (no seio do clã dos Santos) com a reputação, de estar apenas a priorizar processos que lhe chegam por parte de Manuel Vicente.
Respeitante ao Ministro da Agricultura, Pedro Canga, “apenas” apresentam-lhe num quadro de atritos com um sobrinho de JES, Carlos Alberto Jaime “Kalabeto” que é PCA da Gesterra - Gestão de Terras Aráveis. Carlos Aberto é na pratica o “ministro sombra” para agricultura e é a ele a quem o PR passou a canalizar “grandes projectos” do sector agrícola em Angola (fazenda pungo Andongo, projecto Aldeia Nova) que tem, por outro lado, gerado ciúmes por parte do ministro Pedro Canga.