Luanda - Os ex-militares que se manifestaram na quinta-feira em Luanda para exigir o pagamento de subsídios devidos, nalguns casos, há 20 anos vão receber "tão breve quanto possível" as quantias que reivindicam, segundo um comunicado do ministério da Defesa.


Fonte: Lusa


Ministro da Defesa Nacional - Cândido Pereira dos Santos Van-Dúnem No comunicado, citado na edição desta sexta-feira, 08, no Jornal de Angola, que atribui a autoria ao Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (EMGFAA), é feito um apelo à "calma e compreensão" porque o processo vai avançar.


"O pagamento dos subsídios atrasados vai ser processado tão breve quanto possível, através do sistema bancário nacional. Apelamos à calma e compreensão de todos os ex-militares, porque já foram tomadas as medidas necessárias para resolver a situação", lê-se no comunicado.


A concentração dos ex-militares, iniciada na manhã de quinta-feira, foi travada a poucas dezenas de metros do ministério da Defesa, numa das entradas da Cidade Alta, onde se localiza o Palácio Presidencial.


A impedir o avanço dos ex-militares estava um forte dispositivo policial, com efetivos da Polícia de Intervenção Rápida, e veículos blindados com canhões de água, reforçado mais atrás por uma unidade da Polícia Militar, empunhando escudos e bastões e de viseira.


A tensão diminuiu com a ida de uma delegação dos ex-militares ao EMGFAA, onde foi recebida pelo CEMGFAA, general Sachipengo Nunda.


Parte dos ex-militares, que integram antigos combatentes das estruturas armadas do MPLA, UNITA e FNLA, que se digladiaram durante a guerra civil, apenas recebeu 55 mil kwanzas aquando da desmobilização, em 1992 e este ato protesto surgiu na sequência do recente anúncio do pagamento de elevadas reformas a oficiais generais das Forças Armadas Angolanas.


Os ex-militares exigem o pagamento dos subsídios a que consideram ter direito e a integração na Caixa de Previdência e Segurança Social do ministério da Defesa, em vez de continuarem inscritos nos serviços de segurança social dos Antigos Combatentes ou do regime geral, tutelado pelo ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social.