Luanda - O mercado financeiro do país tem sido liderado, nos últimos anos, pelo Banco Angolano de Investimentos (BAI), uma instituição bancária nacional que antes atendia pelo nome de Banco Africano de Investimentos. A estrutura societária deste banco reflecte, de certo modo, o seu sucesso e a institucionalização da transferência de capitais públicos para o enriquecimento ilícito de dirigentes.


Fonte: Makaangola.org


Avaliado em US $8 biliões de dólares, o BAI apresenta actualmente uma carteira de depósitos e créditos estimados, pelo Banco Nacional de Angola,  em US $10.4 biliões e US $3.2 biliões, respectivamente.


Por altura da sua criação, em 1996, a Sonangol  surgia como o principal investidor, com 18.5 porcento das acções. No entanto, ao longo dos anos, a Sonangol discretamente transferiu 10 porcento das suas acções para a titularidade privada de altos dirigentes, para além dos que já mantinham participação considerável no capital do banco.


Como ilustração, abaixo se apresenta apenas a lista de beneficiários que, por altura da sua entrada no capital do banco, já desempenhavam funções públicas e que continuam a ocupar cargos oficiais. De fora ficam os indivíduos que entraram para o banco enquanto ocupavam cargos oficiais mas que actualmente se dedicam à vida privada. Uma dessas figuras é o general João Baptista de Matos (2,5 porcento), então chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas.

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