Benguela - Na última quinta-feira (14/06), realizou-se mais um quintas de debate da organização "Omunga", em Benguela, com o tema "a Corrida eleitoral e o desempenho imprensa pública", tendo como o prelector o jornalista e investigador angolano Domingos da Cruz.


Fonte: Club-k.net


Começou por dizer aos presentes que já não acredita que o seu exercício de cidadania mude para melhorar País. Criticou a organização do evento quanto a escolha do tema na sua óptica é equivocado pois em Angola não existe mídia pública mas sim totalitária. Fundamentou o seu argumento com apresentação de relatórios feitos por Organizações não governamentais e por si que sem dúvidas ilustram o comportamento reprovável da imprensa dita pública em favor do Mpla.


Angola é um estado Democrático e de Direito. Apresentou algumas características da imprensa como a promoção a tolerância ouvindo diferentes grupos sem prejuízo da sua cor partidária, assuntos diversificados. A chave da construção da democracia é igualdade mediática dando a mesma cobertura e a divulgação da transparência na governação. Os limites do poder que na actuação do poder politico são os direitos humanos. Para que haja dignidade da pessoa humana.


Quanto o processo eleitoral respondeu que não acredita que a imprensa tenha um comportamento democrático, isento e imparcial. E alertou o que não gostaria que acontecesse porém há fortes indícios de crise pós eleitoral. Recordou as palavras de Kamalata Numa “se houver fraudes vão transformar em fraldas”.Entende ele que a Unita não vai aceitar mais fraudes. Enquanto dúvida que caso o Mpla perca não entregará livremente o poder pois muitos deles têm muita riqueza acumulada ilicitamente. Por outro lado já não crê em nada e em ninguém neste país, líderes da oposição e religiosos que recebem dinheiro, assinam acordos secretos e no momento exacto abandonam as suas ideologias (igreja, oposição angolana…).


Confidenciou aos presentes que também não acredita que Angola poderá melhor e vai abandonar Angola pois não quer ser um velho frustrado mas continuará de longe a trabalhar por Angola. Lembrou como foi feita a luta de libertação nacional com angolanos dentro e fora de Angola.