Lisboa – A Ministra da Comunicação Social, Carolina Cerqueira recuou nas medidas que previam a suspensão dos Conselhos de Administração (CA) da TPA e a RNA, que deveriam ser substituídos por uma comissão de gestão cujos integrantes foram apresentados como supostas propostas de autoria do Secretario de Estado Junto a Presidência, Manuel Rabelais.
Fonte: Club-k.net
Suposta “orientação superior” causa mal estar
Conjentura-se que terá havido um mal entendido, relacionado a uma solicitação que o gabinete presidencial fez a Manuel Rabelais no sentido de propor nomes de elementos da comunicação social para integrarem uma comissão de estratégia para a campanha eleitoral, a favor do MPLA. A mensagem foi erradamente propagada de que a presidência solicitou nomes para as supostas comissões de gestão para TPA e RNA.
Os CA das empresas públicas são nomeados pelo chefe do executivo a margem do Conselho de Ministros sob proposta da Ministra. Por outro lado, foi constatado, que se estava diante de suspensões a revelia das autoridades com características de diversão visando induzir a titular da pasta Carolina Cerqueira a caucionar medidas que chegaram ao seu gabinete em nome de uma suposta “orientação superior”.
O constrangimento que as movimentações provocaram, deu lugar, na segunda-feira, a noite, a uma reunião de emergência, na sede do MPLA, dirigida por Dino Matross que visou por a Ministra Carolina Cerqueira num frente a frente com Manuel Rabelais, para se apurar a origem da especulativa “ordem superior”. Na reunião estiveram o porta-voz do partido Rui Falcão , os assessores presidências, Aldemiro Vaz da Conceição e José Mena Abrantes. Foram também convocados, o Director Nacional da Comunicação Social, José Luis de Matos e os responsáveis da TPA e RNA. Na presença de todos, o ex- Ministro Manuel Rabelais jurou que nada tinha a ver com a autoria da suposta “ordem superior” e que também tinha sido apanhado de surpresa com as informações.
A reunião concluiu que se estava diante de uma “rasteira” ao qual ficou reiterada a permanência do CA de ambas as empresas públicas cujos mandatos deverão ser “somente” revistos depois das eleições de 31 de Agosto.
O anuncio sobre o afastamento das chefias de ambas empresas, provocou ambiente de orfandade e pânico nos referidos meios. António Henriques da Silva “Tony” chegou a convocar os trabalhadores da TPA, na tarde do mesmo dia para comunicar-lhes que a sua equipa estaria a cessar prematuramente o mandato por supostos “conflitos de interesses”. Em reação, os funcionários moveram um abaixo assinado a favor da sua permanência ao qual realçavam a sua importância para o referido cargo.
Quem também se mostrou contraria ao afastamento da direcção da TPA, é Tchizé dos Santos ao qual lhe são atribuídas movimentações direcionadas a salvaguardar o Conselho de Administração desta empresa, onde a mesma detém interesses.