Em nome da transparência acho que a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) deveria publicar em tempo oportuno as suas contas devidamente auditadas para todos ficarmos a saber quanto é que foi gasto em toda esta democrática movimentação, começando pela campanha de educação cívica (sempre houve mesmo?) e terminando nos kits eleitorais.
Não seu muito bem a quem é que a CNE deve prestar contas, mas sei que o Tribunal de Contas do Kota Julião tem, em princípio, jurisdição mais do que suficiente para pedir contas a todas as instituições deste país que utilizam recursos públicos.

Com a apresentação da acta dos resultados finais das eleições de 5 de Setembro no passado 16 no Centro de Convenções de Talatona, no decorrer de uma cerimonia sem brilho, a CNE concluiu o seu trabalho cívico, com uma nota bastante sofrível para os mais exigentes e desconfiados, alguns dos quais até tentaram a impugnação das eleições no bastião luandense junto do Tribunal Constitucional.

Agora falta a segunda parte desta contagem para sossegar todos aqueles que acham que foi gasto dinheiro a mais com tão pouco e com tão pouca qualidade. Não se está aqui a lançar qualquer suspeição sobre quem quer que seja, mas de facto e de jure as contas sobre a utilização do dinheiro público devem ser feitas, de preferência, em público.
É um princípio da boa governação.

Fonte: http://www.morrodamaianga.blogspot.com/