Apesar da maioria qualificada do partido no poder, a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), força política que conseguiu trê assentos parlamentares nas últimas eleições, garante vir a fazer uma oposição responsável, consubstanciada na fiscalização do cumprimento do programa governamental.

Ngola Kabango, líder daquela formação política, entende que a vitória do MPLA deve ser encarada com responsabilidade, para uma governação transparente e sem corrupção.

Manifestou ainda o desejo de que esta maioria não se reflicta em acções que subvertam a democracia no País.

«Nós não estaremos lá a fazer oposição por capricho. Mesmo que ela faça algo positivo vai em sentido contrário. Vamos fazer uma oposição construtiva que também terá capacidade de aplaudir quando as coisas estiverem boas. Isto significa oposição republicana. A nossa palavra critica será levantada no sentido de contribuir que avance Angola. A maioria é do MPLA mas terá que ouvir-nos pois queremos mudanças. Boa gestão da coisa pública», salientou.

A paz e reconciliação nacional dos angolanos também mereceram apreciação do político. Kabango entende que a paz ainda é muito militarizada.

O futuro desta formação política para os próximos quatro anos foi reflectido esta terça-feira durante a reunião da comissão política permanente onde passaram em revista o seu desempenho nas legislativas.

Sobre as eleições presidenciais previstas para o próximo ano, Kabango encara o futuro com optimismo, dizendo que a FNLA está a preparar-se, para o efeito, prometendo pronunciar-se oportunamente.

Já para a surpreendente Nova Democracia, o quarto partido mais votado do último pleito, que mereceu dois acentos parlamentares, diz que apesar de estar em clara desvantagem numérica na assembleia, não deixaram de passar a sua mensagem.

Quintino Moreira presidente da Nova Democracia mostrou-se receoso, entretanto, quanto à aprovação da futura constituição, admitindo mesmo que será aprovada ao bel-prazer do MPLA.

«O MPLA vai aprovar a constituição como quer. Tendo grande parte de deputados na Assembleia Nacional vai fazer passar qualquer lei que ele quizer. Entretanto, apelamos o bom senso a respeitar as ideias das minorias», afirmou Quintino Moreira.

Fonte: VOA