Lisboa - Manuel Vicente, é identificado pela “ala do partido” como a figura que terá se servido da sua aproximação a José Eduardo dos Santos para induzir aquele a avançar com as exonerações dos Conselhos de Administração (CA) da RNA e TPA contrariando assim a recente posição da direcção do MPLA, que na pessoa de Dino Matross, reiterou continuidade aos gestores das respectivas empresas públicas até as eleições de 31 de Agosto.
Fonte: Club-k.net
Induziu JES a desautorizar Dino Matross
As propostas de afastamento e nomeação dos CA das duas empresas de comunicação estatal foram sugeridas pelo novo Secretario de Estado junto a PR, Manuel Rabelais que apresentou a Manuel Vicente e este por sua vez fez chegar ao Chefe do Executivo para dar efeito. (Sem entretanto ter escutado a Ministra da Comunicação Social, Carolina Cerqueira.)
JES, foi convencido de que as mudanças nas duas empresas eram imprescindível para o êxito da campanha do MPLA, embora foram lhe notadas manifestação de oposição mas que acabaria por ceder ao pedido de Manuel Vicente assinando os despachos antes de embarcar para Espanha em visita privada. Por efeito das pressas, os respectivos documentos de exoneração acabariam por ser assinados sem data e sem o seu respectivo numero de despacho (deixado em branco).
As direções das respectivas empresas foram também apanhadas de surpresas. Carolina Cerqueira, a ministra da Comunicação Social, tão logo foi informada da decisão pela Casa Civil da presidência, chamou o PCA cessante da TPA e RNA, Henriques da Silva e Pedro Cabral, respectivamente para os dar a conhecer da decisão presidencial.
Há conhecimento de manifestações segundo a qual “ala do partido” que acompanha o assunto, revela-se deselegante com a indução de Manuel Vicente por entenderem que coloca uma das suas integrantes, neste caso a ministra Carolina Cerqueira, numa posição de fricção com Manuel Rabelais. (A mesma é a ministra mas está sujeita a trabalhar com dois PCA que prestarão lealdade ao seu antecessor ).
A associação do nome de Manuel Vicente neste episodio de “intrigas” acontece poucos dias depois de o mesmo ter sido citado na última edição do Semanário Angolense em que foi apresentado como a figura que fez chegar a JES um relatório médico de Fernando Dias dos Santos “Nandó”, que segundo aquela publicação terá sido decisivo para que o PR, se desfizesse da continuidade do seu “Vice”, optando por ele. O relatório terá sido obtido através da Sonangol, a empresa que estará sob encargo financeiro das consultas de médicas de “Nandó” em Londres.