Lobito  - No meio de tantas incertezas políticas que vivia e vive Angola, nasce entre alguns partidos, uma coligação que até certo ponto veio, nos (os incertos) dar como uma espécie da alivio político, aumentando a esperança de alguns e reforçar a oposição política em Angola que à muito deixa a desejar.


Fonte: Club-k.net


Em tão pouco tempo, esta coligação política caio na “idolatração ao mestre”, ou seja, passaram a fazer política não em nome da coligação mas sim do seu presidente. Dai o tema: (A CASA-CE DE “ABEL CHIVUKUVUKO”). O nome do seu presidente e a sua biografia político-militar tem sido mais divulgado que as próprias linhas mestras estatuarias da coligação e as pessoas correm para a coligação porque é do ou é o Abel. Esta “propaganda nominal” não acontece apenas com o seu presidente, o mesmo incide com outros militantes e cidadãos elites transitários como William Tonet que diz vir do MPLA mas, Andre Gaspar Mendes de Carvalho filho de Mendes de Carvalho do MPLA, Makuta Nkondo assessor de Samakuva Presidente da UNITA, José Lelo ativista cívico e outros. (Será que estamos diante de uma espécie de evangelização política?). Questionemos!


Ainda temos o factor tempo. Em menos de um (1) ano a CASA-CE apareceu e tem lutado por/com todos os meios para levar a sua mensagem aos confins de Angola e até então tem conseguido levar e tirar alguns militantes para o seu bolo. A questão que se levanta agora é a seguinte: será que vão conseguir enraizar-se no rol político angolano como o MPLA, UNITA e FNLA para permanecerem ou é apenas uma fase (já que é coligação)?


Sabemos nós que estes partidos históricos angolanos para chegarem ao ponto de “partidarizar mentes” foram mais de meio séc. de existência e trabalhos, facções, guerras, assassinatos, ameaças, acordos etc. e hoje, mesmo sem passarem pelos meios de comunicação estatal são conhecidos na esfera publica.


A CASA-CE aparece num momento em que os meios de comunicação de massa em Angola está altamente viciada, controlada e subordenada ao sistema de governação e não chega até as zonas periféricas deste país e se chega, lá não ha energia para ouvir um radio ou assistir TV e isso constitui uma grande barreira aos alicerces desta CASA, uma vez que se começou tarde para se esperar já a vitoria do trono.

Embora tenham conseguido daqui e dali alguns militantes, surge outra questão: quem são esses militantes?
1. Reparemos que a CASA-CE é uma coligação que só está na boca da urbe, ou seja, daqueles que vivem nos espaços urbanos, têm acesso a internet, TV por satélites, criam grupos fechados de debates, pessoas com um nível acadêmico “acentuado” e compram jornais privados, porque nos meios de comunicação publica a CASA não passa e se acontecer, é de forma desapercebida, rápida e com os comentários duvidosos e pra quem já não acompanha a política em Angola é complicado e Angola não é só a urbe, o litoral ou as cidades supostamente “prósperas” também temos as periferias, como é o caso de alguns municípios do interior das províncias que desconhecem a existência desta força política como o Bocoio, Balombo, Cavimbe, Rito, Cuangar, Gabela, Kibala, Nharea, Namacunde, Ekunha, Muconda, Lukembo e outros. E isso limita os objectivos da CASA (que demosntra não ter anexo pra todos...)

2. Ainda, os que fazem o corpo de militantes da CASA é um conjunto de cidadãos que andam descontentes com as políticas de governação em Angola e devido a excessiva exclusão e descriminação política que se vive actualmente não abraçaram a UNITA, FNLA, PRS ou outros. Como se pensa: “Quem não é de um, é do outro” e será que estes adeptos serão fieis ao seu partido?

3. Outra fonte de militância desta coligação são os militantes descontentes no seio dos partidos históricos como do MPLA e da UNITA que não se sentem enquadrados nas políticas de gestão partidária, procuram refúgios a CASA CE.


Em reparo, a militância da CASA-CE é constituída por indivíduos “anómicos” (anomia de Robert Merton) – que vendo as suas aspirações não concretizadas partiram para o desgosto. Ao contrario de outros partidos que, mesmo quase extintos do parlamento como a UNITA e a FNLA, como já enraizaram as suas políticas ainda conseguiram manter firme a maioria dos seus militantes.


Agora questiona-se:


1- Abel Chivukuvuku é mais conhecido que esta coligação política. Será que esta sobrevive na ausência deste seu líder?

2- Se a CASA-CE como coligação constituída por militantes anómicos não conseguir concretizar as suas pretensões políticas conseguira sobreviver, pois eleições?

3- Que tipo de extensidade pretende esta coligação? Uma coligação para todos os angolanos ou para uma elite e cidadãos mal enquadrado?