Luanda – Joana Tómas, jornalista da Televisão Pública de Angola (TPA), criou neste sábado (30) embaraços ao MPLA, numa altura em que os partidos da oposição tem estado a criticar a postura dos órgãos de comunicação social estatal adoptou em fazer campanha eleitoral, a favor do partido no poder.
Fonte: Club-k.net
CASA-CE condena comportamento da TPA
No telejornal deste dia a jornalista foi cobrir uma actividade do maioritário no município do Kilamba Kiaki, em Luanda, tendo colocado questões em que forçava as pessoas a responderem as razões que votariam no MPLA. Tendo em conta que o voto é secreto, a peça de Joana Tómas foi interpretada como declaração pública de voto, o que viola a Lei eleitoral vigente em Angola.
Face ao comportamento da comunicação social pública, a CASA-CE reagiu neste mesmo dia referindo que “a política seguida órgãos de informação nomeadamente, Jornal de Angola, RNA e TPA, configura um autêntico atropelo à lei e às regras democráticas ao dedicar abusivamente a maior parte da sua programação às actividades do MPLA e do seu candidato José Eduardo dos Santos em detrimento dos partidos da oposição.”
No ver desta coligação “Esta atitude deplorável é um dos prenúncios da fraude maciça que infelizmente tem envolvido todo processo que poderá culminar com as eleições convocadas para o dia 31 de Agosto próximo.”
“Neste sentido, a CASA-CE apela à consciência dos dirigentes políticos do MPLA e do candidato José Eduardo dos Santos para a gravidade destes comportamentos cuja finalidade visa em última instância criar um clima de instabilidade política com prejuízos incalculáveis para o pretendido desenvolvimento harmonioso da nação angolana.”, aconselhou
Quem também reagiu quanto a campanha da TPA a favor do MPLA, foi o activista Simão Pascoal Hossi. Para ele “os jornalistas angolanos mesmo que festejem no pleno exercício das suas funções, em cobertura de actividade política não devem induzir aos eleitores a votar a um determinado candidato”.
Segundo a nossa fonte “o que a Joana Tómas fez hoje é lamentável, induzir o cidadão a votar ao um candidato não é certo, pode falar de tudo que lá acontecer, menos influenciar os leitores.”