Luanda - O ministro do Interior, Sebastião Martins, disse hoje que a nova Unidade Especial Anti-Crime vai se constituir numa ferramenta fundamental com vista a reverter o actual quadro da criminalidade ao nível da cidade de Luanda.
Fonte: Angop
Falando no acto do seu lançamento, nesta segunda-feira, em Luanda, o governante adiantou que a unidade ad hoc da Polícia Nacional responde precisamente a efectivação de um estudo sobre a inversão do quadro actual no campo da criminalidade na capital do país.
" Esta unidade é uma novidade e representa o nosso empenho no combate ao crime e actuará numa perspectiva complementar a acção regular e quotidiana da Ordem Pública e terá um acompanhamento especial do Comando-Geral da Polícia Nacional e do próprio ministro do Interior", referiu.
Informou ser uma força especial que vai actuar de forma especial, nos marcos da lei e estrito respeito dos elementares direitos do cidadão, mas com o vigor e autoridade própria de uma força que actua num contexto de profunda alteração dos indicadores de segurança a nível da criminalidade violenta e organizada, visando aumentar rapidamente a segurança comunitária.
Com efeito, disse que a expectativa é grande, "mas maior ainda é a certeza de que ela saberá desempenhar este papel com brio e exemplar dedicação".
" As populações das áreas mais afectadas pelo crime esperam que, com a vossa presença e actuação, se altere o sentimento de insegurança que hoje afecta algumas áreas da nossa cidade e está esperançada que a vossa acção, sustentada na lei, na ordem e pelo respeito aos direitos e garantias constitucionais, se constitua na garantia de um país seguro e digno de se viver", frisou o ministro dirigindo-se aos efectivos.
Entretanto, o Sebastião Martins admitiu a hipótese desta iniciativa vir a estender-se as outras províncias que eventualmente possam apresentar alterações no quadro da criminalidade e que, por via disso, requer também actuação de uma unidade especializada.
Segundo o ministro, a realidade social do país tem sido ultimamente marcada por um aumento significativo de crimes violentos e com cariz organizado e, em consequência, a alteração pela negativa do sentimento de segurança das populações.
Disse ser sintomático um certo grau de sofisticação do modus operandis dos criminosos e uma maior violência no cometimento de crimes, onde o recurso a armas de fogo está cada vez mais banalizado.
"Os criminosos aparentemente não têm hoje qualquer relutância em desafiar a autoridade do Estado, tentando suplantar as acções operacionais que a Polícia Nacional tem desenvolvido para contrariar a tendência ascendente da criminalidade", referiu.
Perante essa realidade, notou, o Ministério do Interior através do Comando-Geral da Polícia Nacional estudou e agora está a implementar medidas estratégicas de contenção a este fenómeno, lançando a Unidade Especial Anti-Crime.
Fez saber que tal unidade está doptada de tácticas e objectivos devidamente definidos a fim de auxiliar a Ordem Pública e dar uma resposta mais adequada a sentida alteração da situação operativa.
Lembrou que o seu lançamento acontece num momento em que Angola se prepara para realizar as eleições gerais, estando o escrutínio marcado para o dia 31 de Agosto do corrente ano.
"Pretende-se e é nossa aposta a garantia da ordem e segurança pública e de um verdadeiro ambiente de paz social para que o cidadão se sinta em plena liberdade e segurança para o consciente e pleno exercício do seu dever cívico de participar nas eleições gerais", frisou.
Por outro lado, o titular da pasta do Interior sublinhou que a nova estratégia de enfrentamento aos crimes violentos deve contar com a prestimosa colaboração das comunidades, "para que dessa forma todos contribuamos para a rápida redução dos índices de criminalidade".
Com efeito, apelou a todos os cidadãos e a sociedade em geral para denunciar quaisquer pessoas suspeitas de pertencer a grupos de marginais que com comportamentos, actos ou acções ilícitas põem em causa a segurança colectiva.