Luanda - O discurso é o mesmo, as promessas  então – nem se dizem , têm a semelhança dos corruptos e de quem governa. O cinismo é a carga que jamais o MPLA jogará ao  mar, mesmo porque nem se precisa. Enquanto o MPLA sustentar o JES, e esse se agarrar ao mastro   daquela instituição, o barco jamais vai afundar.


Fonte: Club-k.net

O barco é a dupla MPLA-JES que  só existe como existe pela união cumplice que torna um mais cínico e criminoso que  o outro. A reposição (a troca alternada) para os dois  adjetivos ( cinismo e criminalidade), aquele e este, não fazem diferença. É crime enganar, é crime roubar recursos públicos para benefício próprios, é crime iludir a uma nação inteira fingindo que se segue e se executa um programa administrativo político, quando na verdade tudo está direcionado, já não a uma classe social  – a burguesia ( essa coitada, também foi deixada de fora)-, mas a um grupo político, onde seus integrantes  se  definem  pelo grau de parentesco e afinidades  em que  seus  membros  são  caracterizados pelos mesmos vícios e manias: aceitar e conviver  com a corrupção institucionalizada.

 

Todos os programas do MPLA invocados e estabelecidos em todos os  Congressos, Assembleias, Reuniões ou para Campanhas Eleitorais para “Angola e os angolanos” todos, sem exceção , foram bonitos! Mas a pergunta que não cala é: qual deles  cumpriu com as metas  traçadas  pelo  Bureau Político ou o Comité Central? Nenhum!  Absolutamente nenhum! Até a guerra foi um fracasso de quem andou fazendo  é basta recordarmos o lema:  “é preciso fazer a guerra para acabar com a guerra”.  E  a vitória foi conquistada num processo tardio, em que a culpa desse atraso será eternamente  a dos derrotados. Cinismo  e Mentiras. Aquele o retrato da maior  incompetência que pretende continuar a governar nos; estas,  as máscaras dos  sem-vergonha, já que se tornou impossível esconder mais.

 

Dia 31 teremos as próximas eleições. O MPLA já está convencido, ou ao menos quer convencer, que pelo seu programa  ganhará as eleições. Por que  é que  o MPLA tem tanta certeza que as pessoas devem se convencer  que o programa do MPLA é o melhor? Pela burrice ou pela inteligência? Em qual destes substantivos  o MPLA  aposta?  Quando o lixo continua nas ruas, os transportes  urbanos  na cidade de Luanda, e outras,  nunca funcionaram bem desde que Agostinho Neto em 11 de Novembro de 1975  declarou a independência de Angola. O sistema de saneamento básico ( distribuição de água canalizada e evacuação de esgoto de maneira eficiente, como estabelecem as  técnicas de engenharia)  não existem para todos ( ou para a maioria absoluta,  que é além da margem dos 82%, número que precisamente  gaba-se de ter nas urnas, na votação passada) – e em alguns lugares, até mesmo da cidade de Luanda, desapareceu desde  aquele  dia.

 

O MPLA  em vez de  traçar metas enganosas, que com certeza ninguém acredita, não seria mais racional, ou ainda razoável,  prestar conta do que fez e do que não fez  nos últimos 4 ou  5 anos desde que angariou 82% da votação? À proposito onde estão os  “um milhão de casas  construídas”?   Em que regiões do país foram construída as mesma, quem são  os seus donos e quem habita essas residências? De onde veio o crédito ou o  financiamento? Quando se sabe que nesse país   crédito  é só para pessoas da  altura do nosso  “Chefe e  Comandante   Kundi Payama ( o Grande Chefe Kuanhama  e  Mumuíla!)”  com aprovação  sabia,  com  a bondade  e clemência, de “Sua Excelência, o Clarividente e  Bondoso Camarada Presidente” .

 

Não seria melhor, por exemplo, anunciar quantas mulheres ou mães gravidas sucumbiram diante de um sistema de saúde  incapaz de fazer um acompanhamento, o mínimo possível, para esse tipo de população, nessas condições; quando os possíveis  problemas enfrentados por elas são solúveis pela medicina moderna e contemporânea e que o maior problema vem da incapacidade para se implantar políticas públicas, nessas áreas, ou setores, que ajudariam a diminuir aquele tipo de mortalidade? Quantos angolanos, por exemplo, morreram de paludismo e de cólera? Nem vamos falar da AIDS, porque essa está  fora de controle  (não tem nem o controle de Deus) – quem pode ter culpa? Muito menos o MPLA,  Partido Político Prometedor de  Coisas Impossíveis.

 

Não seria mais correto falar do número de pessoas ( cidadãos) que adquiriram empregos estáveis  e os que caíram no desemprego? Ou mesmo os que nunca conseguiram! Com certeza a diferença matemática, entre os primeiros e os segundos, não deve ser muito favorável para  aqueles que  dizem  que tudo fazem pelo Povo e que o crescimento econômico está para todos. E por que não falar, agora, também das cidades fantasmas, resultado de um planejamento que só o maior cérebro  “Clarividente” entre os angolanos poderia conceber. Ou, melhor, resultado de uma visão fusca e  vesga no meio  de tanta gente, mesmo com capacidade para pensarem, o  mérito e a luz dessa gente é ofuscada pela bajulação e por uma reverência serviçal  e escravocrata ao timoneiro da corrupção. Aí estão os resultados da sabedoria dos defensores do Povo.

 

Enfim!  Quem promete  tudo  é  porque  quer   tudo! Essa é a regra dos governantes desse país. E quem quer  tudo, dificilmente mostra-se civilizado para com os outros. Quem quer tudo tem sempre a tendência de julgar os outros pelo que ele mesmo é: bandido, corrupto, mentiroso,  falsário, cínico e hipócrita. Assim, são os dirigentes do Partido no Poder, assim é o MPLA e assim é José Eduardo dos Santos.