Lisboa –  O pensamento identificado em José Eduardo dos Santos e que inicialmente fez transparecer, em círculos privados, quanto a distribuição ou venda dos apartamentos na centralidade do Kilamba, em Luanda, é de que os imóveis devem corresponder a um preço que permita até o cidadão de baixa renda comprá-la.


Fonte: Club-k.net

“Kopelipa” e Manuel Vicente aumentaram os preços

JES é de opinião que ninguém deve perder as esperanças ou de se sentir incapacitado de adquirir os referidos apartamentos. Exemplifica que um cidadão que vive no Rangel e que paga uma renda mensal de 200 dólares na periferia de Luanda, deve sentir-se habilitado em aderir ao processo de compra dos imóveis da centralidade pagando uma prestação mensal equiparada ao que paga de renda nas  zonas periféricas.


Numa outra ocasião, o Presidente angolano foi citado como tendo avançado publicamente o preço de 60 mil dólares por cada apartamento. Entretanto, uma empresa, Delta Imobiliária, ligada a Manuel Vicente e ao general Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, a quem a Sonangol atribuiu a responsabilidade de vendas dos apartamentos do Kilamba, terá aumentado os preços dos imóveis no sentido de passar a ter uma comissão perto dos 50% de lucros.


As vendas dos apartamentos estavam inicialmente nas mãos da Sociedade Imobiliária e Propriedades da Sonangol (SONIP) cujo responsável é Orlando Veloso. O cenário teria sido alterado passando a gestão das vendas dos imóveis para Delta  Imobiliária. O apartamento que  inicialmente  custava 64 mil dólares, no Kilamba passou para 125 mil, ao passo que o de 78 mil passou para 150 mil e o de 110 mil para 200 mil.


A transferência de gestão da SONIP para a empresa das duas figuras do circulo da confiança do PR, criou embaraços a empresas da função pública em Angola, que teriam se comprometidos com os seus funcionários para modalidade de compras dos apartamento. Os funcionários das missões diplomáticas angolanas no estrangeiro que já teriam preenchido um formulário para  compra dos apartamentos, porém foram informados em Setembro de 2011, que doravante deveriam se deslocar para Luanda e contactar, pessoalmente, a Delta Imobiliária.


A Nova Centralidade do Kilamba se encontra ainda inabitada e a sua utilidade tem sido notável para apresentação de figuras estrangeiras que se deslocam ao país, como forma de mostrar o “desenvolvimento” que o executivo tem feito.


Há conhecimento de que JES tenciona proceder com a  sua  distribuição antes das eleições de 31 de Agosto, mas ao mesmo tempo surgiram informações de registo de fissuras em alguns apartamentos e abertura nas  estradas como resultado do material de pouca qualidade que foi usado para a sua construção .  As autoridades estudam agora o sistema de renda que prevê ser equivalente a 600 dólares por mês. Cerca de 300 apartamentos para o aluguer e outra para o custos administrativos (sistema de gás canalizado, saneamento e etc).