Lisboa –  O vice-ministro do Ministério de Administração e do Território (MAT), Adão de Almeida, tem estado a desempenhar um papel junto ao Presidente José Eduardo dos Santos (JES) semelhante ao que o jurista Carlos Feijó desempenhava no passado. É agora a este jovem jurista a quem JES mostra-se mais inclinado para solicitação de pareceres jurídicos respeitante ao dossiêr das eleições.


Fonte: Club-k.net

Nas questões jurídicas do circulo presidencial

adao-de-almeida.jpg - 28.22 KbAo tempo que o MAT efectuou o registro eleitoral era Adão de Almeida a quem JES chamava para lhe avançar com os "briefings". Era mais recebido que Bornito de Sousa, o titular da pasta. No inicio do mês de Junho, o PR indicou-lhe (por intermédio de um despacho presidencial N.º 79) como Assistente Permanente do Executivo, nas sessões plenárias da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), fazendo do jovem  os seus olhos e ouvidos junto deste organismo eleitoral.

A preferência que JES presta a este jurista é também sentida no Chefe da Casa Militar, Manuel Vieira Dias “Kopelipa”. Adão é das poucas pessoas (fora do circulo familiar de Kopelipa), a quem o general se comunica por intermédio de mensagem telefónica para lhe consultar, ou saber da sua localização, para lhe ajudar em algum parecer jurídico.

Na véspera da “queda” de Suzana Inglês, foi o parecer de Adão de Almeida que fez com que JES desse luz verde aos “juízes do supremo” para a saída daquela advogada a frente da CNE. Adão baseou-se na sua  explicação ao PR, o caso de duas convocatórias feitas a Suzana Inglês, para uma reunião ao iria fazer  parte o general “Kopelipa”, para “orientações ”, mas que a mesma acabaria por não comparecer.

O jovem jurista   teria dado o seu parecer a JES e ao mesmo tempo foi lhe confiado  a tarefa de preparar a papelada que catalizou  o Tribunal Supremo a determinar a saída da advogada.    O assunto calharia numa altura em que a UNITA convocara uma manifestação de protesto contra a  permanência de Suzana Inglês na CNE.

Caso o MPLA ganha as eleições, o jovem esta destinado a ser acomodado com uma pasta ministerial. Em principio, fala-se do sector da justiça ou MAT em substituição de Bornito de Sousa.