Lisboa – O general das Forças Armadas Angolanas (FAA), Hélder Manuel Vieira Dias “Kopelipa” está a ser criticado em círculos atentos em Luanda, pelo “mau exemplo” de  ter violado as leis militares vigentes em Angola que proíbem os militares no activo de participarem em actividades políticas e de usarem símbolos partidários.


Fonte: Club-k.net

“Kopelipa” viola artigo 207 da Constituição

No dia do lançamento da campanha do MPLA, a 31 de Julho, este general no activo que exerce as funções de Chefe da Casa Militar da Presidência da República fez-se presente na actividade partidária (realizada no condomínio Girassol, em Viana) trajado de camisola de propaganda do partido no poder, em violação flagrante ao artigo 207 da Constituição que estabelece o apartidarismo das FAA. O mesmo aconteceu com os guardas da Unidade de Segurança Presidencial que são militares no activo e que estiveram na referida actividade também trajados com cores partidárias, como ilustra a segunda imagem.

Outro flagrante foi o general António José Maria, chefe dos Serviços de Inteligência  Militar (SIM). Embora trajado a militar, o mesmo - conforme consultas - não deveria fazer-se presente em actividade de campanha eleitoral, uma vez que não faz parte da escolta presidencial.

Um caso oposto aconteceu quando o almirante André Mendes de Carvalho solicitou ao Presidente da República, nas vestes de comandante em chefe, a sua passagem para a reforma a fim de poder dedicar-se a actividades políticas em conformidade com  (art.º 21º, n.º 1 alínea a) - Lei n.º2/97 – Lei dos Partidos Políticos).

Muito embora o almirante não tivesse ainda aparecido publicamente como político, o Jornal de Angola, numa matéria intitulada “candidato da CASA é almirante no activo” tentou fazer aproveitamento, na sua edição de 8 de Junho de 2012, alertando que “a lei angolana impede os militares no activo de exercerem actividade política”.

Já no caso do general “Kopelipa”, não há garantias de que este único diário venha chamar atenção ao chefe da Casa Militar e aos guardas do PR da mesma forma que fez com o caso do candidato a Vice-PR pela Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), o almirante "Miau".