Luanda – A Comissão de Ex-Militares Angolanos (COEMA), coordenado pelo general Silva Mateus, prevê realizar nesta quinta-feira, 02, às 10H00, no Centro Recreativo Cunene 2000, localizado nas mediações da Liga Africana e a Escola “Ngola Nzinga”, no Maculusso, uma conferência de imprensa onde será apresentada “o ponto da situação do dossiêr dos ex-militares".

Fonte: Club-k.net

COEMA é uma organização “ad-ok” criada por antigos militares angolanos, provenientes das extintas FAPLA (MPLA), FALA (UNITA) e ELNA (FNLA) e tem por objectivo, como interlocutor valido, trilhar as questões pendentes e fazê-las chegar aos órgãos do Governo e do Estado, de forma ordenada, disciplinada e transparente para solução.

De recordar que os ex-militares já realizaram duas manifestações, não autorizadas em Luanda. Tanto a primeira, a 07 de Junho, como a segunda, a 20 do mesmo mês, foram confrontadas com um dispositivo policial e militar que inviabilizou a pretensão inicial. A ideia era fazerem-se ouvir na Cidade Alta, zona da capital onde estão sediados ministérios e a Presidência da República.

De concreto, conseguiram que a seguir à manifestação de 07 de Junho alguns dos ex-militares tivessem começado a receber as pensões a que se acham com direito. A 14 de Junho, na conferência de imprensa em que foi anunciada a criação da COEMA, o general Silva Mateus frisou existirem ex-militares que defendem que caso a sua situação não fosse resolvida até 31 de agosto "não haverá eleições".

Os protestos dos ex-militares surgiram na sequência do recente anúncio do pagamento de elevadas reformas a oficiais generais das Forças Armadas de Angola.

Os ex-militares exigem o pagamento dos subsídios a que consideram ter direito e a integração na Caixa de Previdência e Segurança Social do Ministério da Defesa, em vez de continuarem inscritos nos serviços de segurança social dos antigos combatentes ou do regime geral, tutelado pelo Ministério da Administração Pública, Emprego e Segurança Social.