Rússia – Mais 400 bolseiros das Forças Armadas Angolanas (FAA), que se encontram nas cidades da República da Rússia – nomeadamente Krasnodar, Petersburgo, Vladivastok, Syzran, Tver, Saratov entre outros – estão há mais de quatro meses “sem ver a cor dos seus respectivos subsídios”, soube o Club-k junto de uma fonte local. 

Fonte: Club-k.net

Os bolseiros (na maioria cadetes) que se encontram, segundo a nossa fonte, a mais cinco anos (restando apenas um ano para terminar a formação), acusam o seu responsável de nome Luís de Nascimento (adido-militar), de desviar os seus valores monetários. “Segundo a direcção do ensino chefiada pelo general Adriano Mackienze, Luís de Nascimento tem recebido até as verbas destinadas aos bilhetes de férias dos bolseiros e nunca apresentou aos seus beneficiários”, revelou a fonte.

No entanto, o grupo (já enfurecido com a situação) apela a intervenção do ministro da Defesa Nacional, Cândido Van-Dúnem e do chefe do Estado Maior General das FAA, general Geraldo Sachipendo Nunda. Numa nota endereçada, recentemente, a este portal noticioso, o colectivo salientava que “a maior parte dos cadetes encontravam-se em situações extremamente precárias”.

O Club-k apurou ainda que durante este período (de quatro meses) a maior parte dos cadetes têm custeados dos seus próprios bolsos (dos poucos que lhes são enviados pelos seus familiares) a alimentação e a saúde. “Alguns bolseiros encontram-se internados em estado total de abandono, em alguns hospitais locais”, enfatizou a fonte. 

Por outro lado, este portal soube da existência de um grupo de finalistas que não conseguem embarcar para Angola devido a falta de verbas. “Temos pessoas que já terminaram a bastante tempo o curso e não conseguem regressar ao país porque não têm valores para as passagens”, revelou, por isso, acrescenta a fonte, queremos lembrar aos nossos superiores para não esquecerem que somos militares e não podem nos tratar assim como se fossemos animais”.

A fonte deste portal noticioso garante que a maior parte dos bolseiros na Rússia se encontram de moral baixa. “Um país com soldados com moral baixa esta condenado a perder, vergonhosamente, na frente de combate”, sublinhou, rematando “vamos evitar problemas uma vez que estamos na fase eleitoral”.