Luanda - No quadro da campanha eleitoral que decorre no país desde o dia 31 de Julho de 2012, o presidente da UNITA, Isaías Samakuva realizou de 5 a 11 de Agosto, um périplo pelas províncias do K-Norte, Malanje, Lundas Norte e Sul, com o propósito de transmitir aos angolanos o programa de governo do seu partido e também para constatar in loco as dificuldades por que passa o povo.

Fonte: Unitaangola.org

Para além das cidades capitais, o líder da UNITA trabalhou nalguns municípios, comunas, sectores e aldeias, a exemplo de Cacuso, Caculama, Xä-Muteba, Cuango, Cafunfu, Muxinda, Capenda Camulemba, Xamikelengue Cacolo, Muamuxico, Luo e Lucapa.


Em Cacolo, Isaías Samakuva e a caravana que o acompanhava foram recebidos por sua majestade Sachikapo na regedoria com o mesmo nome (Sachikapo). Por todos os sítios onde foi passando, Samakuva, foi calorosamente recebido pelas populações com megas passeatas, em apoio ao programa de governo apresentado pela UNITA e em solidariedade com o cabeça de lista as eleições de 31 de Agosto, Isaías Henrique Ngola Samakuva.


No seu discurso, o líder da UNITA pregou a mensagem da mudança e apresentou ao povo o programa de governo do seu partido em caso de ser eleita nas eleições de 31 de Agosto, considerando-o como melhor para mudar Angola e acabar com o sofrimento dos angolanos.


Eleito presidente da Republica, Isaías Samakuva suspenderá as funções de presidente da UNITA para se ocupar da causa dos angolanos. Disse ainda que consta do programa da UNITA, a implementação de um programa de emergência, que possa movimentar o país nas mais variadas áreas da sociedade, ajudando o povo a construir e a ser feliz.


A UNITA vai instituir no país um sistema de ensino obrigatório e gratuito para todos os cidadãos até ao ensino médio, garante um salário mínimo de 50.000 kwanzas, propõe melhor salário para os professores, combatendo a famosa gasosa.


No quadro da saúde, a UNITA vai criar um sistema de saúde preventiva que através de assistentes sociais poderä ajudar na prevenção de algumas endemias mesmo a partir dos bairros.

A criação de postos de emprego, a habitação condigna, água canalizada energia eléctrica e pensão de reforma entre outras também fazem parte das prioridades do governo da UNITA.

Nas aldeias, Samakuva e sua caravana depararam-se com problemas de crianças que manifestaram interesse de continuar a estudar, mas têm como dificuldade a falta de escolas e de professores, tendo muitas dessas crianças terminado apenas na segunda classe sem mais possibilidade de avançar para classes seguintes.

Nas zonas diamantíferas do Cuango e Cafunfu, o povo lamentou a falta da água, que para consegui-la percorrem longas distâncias em poços, pagando 200 kwanzas.

A energia é um outro problema. No Kafunfu, por exemplo, as autoridades locais quiseram dar show, proporcionando iluminação pública no momento em que líder da UNITA, falava a população local. Mas o povo murmurou e chamou de mentirosos as autoridades, que somente naquele dia ligaram a energia pública.

Outra preocupação apresentada é a falta de segurança. As mulheres não conseguem ir para as lavras, receando serem mortas por indivíduos desconhecidos, que depois retiram os seios e órgãos genitais das suas vítimas para fins igualmente desconhecidos. As mulheres que lançaram o grito de socorro, dizem ter apresentado já por várias vezes queixa às autoridades locais, sem que estas tomassem algumas medidas. Até aquela data totalizaram 38 pessoas vítimas da barbárie.

A caravana presidencial que galgou montanhas a exemplo da tão famosa Kabatukila, alcunhada Talamungongo, dos tempos da escravatura, era composta por Deputados, membros do comité permanente e da comissão política da UNITA, membros dos Executivos nacionais da LIMA e JURA, jornalistas.

No final de tudo, o líder do galo negro fez o balanço das actividades, tendo as consideradas de positivas, porque segundo disse o povo correspondeu as ansiedades.


Fez menção a algumas irregularidades da CNE, com destaque para o último comunicado apresentado pelos órgãos de comunicação social. “Como é que o porta-voz do bureau político do MPLA faz um comunicado de imprensa só depois a CNE se pronuncia” interrogou o líder do maior partido na oposição em Angola. “ Ao violar constantemente a lei, a CNE está a desacreditar-se não só perante os partidos políticos, mas perante o povo angolano”. Samakuva disse que “gostaria de acreditar na CNE, mas para isso é necessário que ela cumpra com a lei”. Apelou a transparência no processo eleitoral, pois segundo disse “para a UNITA as eleições têm de transmitir para os angolanos a tranquilidade e consolidação da paz”.


Realçou a extrema pobreza por que passa o povo das Lundas onde companhias que exploram as pedras preciosas lucram de forma exorbitante. Para Isaías Samakuva, no governo da UNITA “as empresas que para lá vão explorar diamantes terão responsabilidades sociais, ajudando na construção de escolas, clínicas e a reparar estradas para que o povo beneficie da riqueza da sua terra.”

As Autoridades tradicionais também partilharam ideias com o líder da UNITA, manifestando preocupações dos problemas que afligem as populações.