Luanda - Depois da UNITA, que deu uma moratória à CNE para cumprir as disposições legais da preparação das eleicões, o vice-presidente da CASA-CE, Lindo Bernardo Tito, disse a OPAÍS que a sua organização vai lutar com todos os meios legais, ao seu dispor, para que as actas do escrutínio sejam assinadas “in situ” e distribuídos os relatórios a cada um dos delegado de lista dos partidos concorrentes.
*Venâncio Rodrigues
Fonte: O Pais
“A CNE não está a criar condições para que as actas sejam assinadas “in situ” para que cada delegado de lista receba a acta”, sustentou o político que acusa a CNE de, com esta atitude, pretender evitar o controlo rigoroso do processo .
“Quando se abre a possibilidade de não poderem ser contados os votos, logo após o encerramento do escrutínio, isto perturba o processo,” sustentou Lindo Bernardo Tito.
O dirigente da CASA-CE, e seu porta-voz, referiu que a CNE está “deliberadamente” a atrasar o processo e a permitir interferências estranhas ao pleito eleitoral. Chegou mesmo a apontar os militares como estando, alegadamente, a preparar a fraude eleitoral a favor de um partido concorrente.
A Lei, segundo afirmou, permite à CNE a pedir ajuda de instituições públicas “mas não pode pedir reforços dos militares para transportar as urnas”.
Segundo o vice-presidente da CASA-CE, esta agremiação vai persistir no sentido de que a CNE seja a única gestora do processo e que não haja manobras de pretender reforços desnecessários de participação de “quem não deve”.
Ele revelou que “há generais que estão a aparecer nos comícios com camisolas de um partido político”, e que se forem eles a transportar as urnas das assembleia de voto para as comissões eleitorais municipais “vão ajudar a cometer a fraude ”.
Lindo Bernardo Tito defendeu também a publicação dos cadernos eleitorais de acordo com a Lei.