Luanda -  Elias Isaac, o  Director da Fundação  Open Society rm Angola é uma das figuras de referencia em Angola cujo nome não consta nos cadernos eleitorais.  A confirmação foi dada pelo mesmo,  esta quarta-feira, aos microfones da  emissora católica de Angola.


Fonte: Club-k.net

Falhas e Irregularidades  da CNE

Estão  igualmente nesta situação, o alto dirigente da UNITA,  Adalberto da Costa Júnior e o activista Mário Domingos, o que implica dizer que os mesmos não poderão votar nas eleições de 31 de Agosto mesmo terem feito o registro eleitoral. A CNE tem feito apelos que o eleitor  só poderá  votar no local  que escolheu no dia do registro e corresponde a Assembléia de voto onde se encontra o caderno eleitoral com o seu nome.


O sucedido está a dar razão as contestações da sociedade civil e política que defendia a necessidade da CNE  mandar fazer auditoria do Ficheiro Eletrônico  do Registro Eleitoral (FICRE) e publicá-los como manda a lei eleitoral. Publicando os resultados da auditoria, os leitores poderiam certificar se os seus nomes constam no processo ou ajudar a denunciar a introdução de menores, estrangeiros ou nome de cidadãos já falecidos no referido ficheiro, para de seguida poderem ser retificados.


O caso de Costa Júnior e  Mário  Domingos Carlos da razão as denuncias da sociedade civil e oposição política quanto ao  comportamento da CNE em não ter divulgado a auditoria do Ficheiro Electrônico do Registro Eleitoral (FICRE) que permitiria verificar  estas irregularidades.


Em Angola, segundo o Governo, terão sido registados 9,757,671 eleitores. Nesse número, segundo o relatório de uma auditoria parcial, realizada recentemente pela firma internacional Delloitte, estão incluídos aproximadamente seis milhões e meio de eleitores, “cuja identificação não pode ser autenticada”, e cerca de um milhão e meio que não poderão votar, porque não têm os cartões em sua posse. 


Num Memorando tornado público  esta segunda-feira, a UNITA refere-se ao mesmo assunto afirmando que  “.ninguém pode certificar a integridade do número de 9,757,671 eleitores, cujos dados o Governo transferiu para a CNE”.


Nesse número, “segundo o mapeamento eleitoral da CNE”, afirma a UNITA, “estão incluídos 1,704 eleitores na povoação da Txamba, comuna do Luachimo, município do Chitato, Lunda Norte. Nessa povoação, não vivem angolanos. Vivem catangueses, portanto, estrangeiros. Estes estrangeiros foram registados pelas autoridades sem qualquer identificação de cidadãos angolanos”, afirma a UNITA.


“A CNE constituíu para eles a assembléia de voto LN.CHI.08.05.070, localizada junto à casa do soba Txissanda. Ora o soba Txissanda, vive na povoação da Camagia, com o seu séquito, um conjunto de 86 eleitores. Não existem, portanto, 1704 eleitores legítimos ali. Apenas 86”.


Segundo a Delloitte, firma internacional que auditou o Ficheiro do registo eleitoral, o processo de preparação e impressão de cadernos eleitorais para assegurar a integridade e totalidade da informação impressa, precisa de ser auditado. A UNITA confirma esta necessidade ao afirmar no seu Memorando que remeteu à CNE que “Povoações inteiras foram excluídas do mapeamento, como é o caso de Sachimica, Alegria, Ngongo, Nguji, Muleleno, no Moxico”.