Lisboa – Júlia Ferreira, a porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) foi objecto de criticas  em meios restritos do regime por ter feito “escapar”  numa recente  audiência  com uma delegação da  UNITA, a cerca da estrutura paralela da Casa Militar da Presidência da República  que trabalha no dossiê eleições.


Fonte: Club-k.net

Deixou escapar que existe uma “outra CNE”

De acordo com informações que chegaram ao circulo restrito do regime, a porta-voz, no decorrer da audiência terá sido questionado pela UNITA, se estava ocorrente de que havia uma “outra CNE”, e em resposta  ela  terá dito  que “se há eu não sei”.  Os reparos que se fez, quanto a sua resposta foi de que   deveria responder a UNITA  com  firmeza de que “não existe nenhuma outra CNE”. A resposta que  deu, foi considerada como “inadequada” e “escapatória”.


A delegação da UNITA terá lhe colocado a referida questão a cerca da “outra CNE”, porque  ao longo da audiência, os responsáveis da CNE (Silva Neto e Edeltrudes M. da Costa) terem sido poucos convincentes nas suas respostas, o que deixou no ar a idéia de que cumpriam  orientações de uma “outra estrutura”.


Segunda “gaff” de Júlia Ferreira


A 15 de Junho passado, a UNITA na pessoa do seu presidente, Isaías Samakuva fez chegar um memorando sobre irregularidades e violações que estava a ser cometidas pela  CNE, em que dos seus pontos, viu resolvida a questão da forma que se pretendia fazer  votação no exterior   e avançar com  o  voto antecipado destinado aos militares.  Porém, na ausência de respostas, das outras  questões, o maior partido da oposição voltou a 17 de Agosto a sede da  CNE, remetendo o mesmo memorando. No final da audiência, a porta-voz Júlia  Ferreira, falou a comunicação social que a sua instituição nunca recebeu as reclamações da UNITA, o que levou com que Isaías Samakuva, reagisse horas depois  acusando-a de ter mentido.