Luanda - Mais de trinta chineses suspeitos de envolvimento em crimes violentos contra compatriotas em Angola foram repatriados hoje, culminando a primeira grande operação conjunta realizada pelas polícias dos dois países, disse a agência noticiosa oficial chinesa. Os 37 suspeitos estão indiciados por raptos, assaltos, chantagem, tráfico de pessoas e prostituição, indicou o Ministério chinês da Segurança Pública.

Fonte: Inforpress

Mais de 400 agentes das polícias de Angola e da China participaram na operação. Cerca de 259 mil chineses trabalham atualmente em Angola, constituindo a maior comunidade estrangeira residente no país. O número, tema de frequente especulação, foi revelado em Abril passado, durante a primeira visita à China do ministro do Interior de Angola, Sebastião Martins.

Segundo algumas estimativas ocidentais, seriam cerca de 70.000, que trabalhavam sobretudo na construção e reparação de estradas, caminhos-de-ferro e outras infraestruturas, mas chegou a falar-se em "quase um milhão".

A visita de Sebatião Martins ficou assinalada por um acordo de cooperação policial contra o crime organizado e transnacional, nomeadamente o tráfico de drogas e de seres humanos, assinado pelo ministro angolano e o homólogo chinês, o conselheiro de Estado e ministro da Segurança Pública, Meng Jianzhu.