Luanda - “Carbono, é um elemento químico que tem como símbolo a letra C, notável por várias razões. Suas formas alotrópicas incluem, surpreendentemente, uma das substâncias mais frágeis e baratas (o grafite) e uma das mais rígidas e caras (o diamante). Apresenta uma grande afinidade para combinar-se quimicamente com outros átomos pequenos que podem formar largas cadeias. O seu pequeno raio atómico permite-lhe formar cadeias múltiplas; assim, com o oxigénio forma o dióxido de carbono(CO2), vital para o crescimento das plantas; com o hidrogénio forma numerosos compostos denominados, genericamente, hidrocarbonetos, essenciais para a indústria e o transporte na forma de combustíveis derivados de petróleo e gás natural. Combinado com ambos forma uma grande variedade de compostos como, por exemplo, os ácidos graxos, essenciais para a vida, e os ésteres que dão sabor às frutas. Além disso, fornece, através do ciclo carbono-nitrogénio, parte da energia produzida pelo Sol e outras estrelas.” (Wikipedia)


Fonte: Centralangola7311.net

Esta pequena resenha sobre as características reais e o significado do pseudónimo por mim adoptado, vem portanto, demonstrar um quase total desconhecimento sobre química ou uma intenção declarada de associar esforçadamente a minha pessoa a coisas como: “fogo… combustão e até mesmo violência” por parte do cidadão Alfredo Carima, diferente de mim que tive sempre muito boa nota nesta matéria, tendo sido aluno de destaque na escola nº3029 da Ilha de Luanda, quando caminhava para a fase final do ensino de base em 1997,  altura em que comecei a ganhar também interesse pela cultura e estilo de vida Hip-Hop, da qual, depois de começar a dar os primeiros passos no RAP, estive na fundação de um grupo baptizado por “Carbono”, nome que herdei após a dissolução do mesmo, naquele que foi um dos muitos acidentes do meu percurso.

A analogia do nome Carbono com a minha pessoa, encontra-se em parte numa das alotropias em que o carbono se apresenta, mais propriamente o diamante, uma das substancias mais resistentes da mãe natureza, que é resultado de carbono (grafite) submetido as mais altas temperaturas e sob pressões elevadíssimas.

Tal como descrito acima, a atribuição do nome me foi concedida acidentalmente mas, não custou muito encontrar relações intimas entre o nome e a minha realidade pois, se mergulharmos um pouco  na realidade do país, que se confunde em muitos aspectos com a realidade da maior parte dos jovens angolanos, poderemos facilmente identificar e relacionar quase todos os aspectos inerentes a substância carbono à minha realidade, prova disso, é que até o próprio Alfredo Carima, na condição de ser humano transporta em si doses consideráveis de carbono.

Nós, sobretudo a juventude, vivemos quase sem esperança, por culpa de um punhado de indivíduos, alguns até de origem duvidosa, que ao invés de governar o país, submetem cerca de 20 milhões de almas a uma total desgovernação e anarquia, sem o mínimo de respeito pela vida humana, pelo bem estar social, diversidade, diferença de opinião, quanto mais as leis que eles próprios promulgam apenas para fazer transparecer que vivemos numa democracia. Expropriam-se das riquezas do país, para enriquecimento próprio e ilícito do pequeno grupo e seus familiares mais próximos. Tais práticas não podiam deixar de ter outras consequências senão a degradação do conceito de sociedade que temos vindo a observar em Angola com o actual regime, baseado em graves desvirtuosidades, tais como: o despotismo, nepotismo, a corrupção institucionalizada, segregação e até mesmo racismo, coisa que quase não se fala. São tantos “ismos” que esgotaríamos boa parte das páginas deste jornal só a enumerá-los. Portanto, esta rebuscagem, é nada mais que uma pequena sacudidela à memoria do tio Carima, para ajudá-lo a compreender a origem de mentalidades e pessoas com conhecimento do verdadeiro estado da nação, e com noção do que precisa ser feito para quebrar a cadeia dos supracitados “ismos”, altruístas e resistentes como o diamante que não aceitaram vender seus ideais à pessoas paupérrimas de espírito que sempre acreditaram que nos meandros dessa Angola corrupta, todo jovem tem código de barra nos seus ideais. Use da sua inteligência e tente ao menos encontrar o grafite, uma vez que já fiz o favor de lhe mostrar como chegar ao diamante que sou(mos).

Sobre a participação no programa “Mais Cidadania”, não venha o Carima aqui gabar-se que exercemos cidadania por estar no programa cerca de 1h e 20m a falar “sobre cidadania, sobre a Constituição da República de Angola, sobre a moral, sobre a ética”, pois, sendo cidadania o conjunto de direitos e deveres aos quais um individuo está sujeito dentro da sociedade em que vive, reitero aqui, não me conformo em usar das redes sociais, programas de algumas rádios, para afirmar que vivo numa democracia e que exerço cidadania, seguindo a minha vida tranquilamente. Sendo cidadania uma conjuntura e não apenas um pressuposto, não vou tapar o sol com a peneira afirmando que estamos a exercer cidadania como tal. É uma utopia. Como exemplo da “Democratura” que vivemos, fiz parte de um abaixo assinado para impugnar a candidatura à deputado na lista do MPLA do cidadão Bento dos Santos, por também violar a CRA no artigo 145º, 1, na alínea (e), como era de se esperar, fomos banalizados pela “casa da mãe Joana”, também conhecida como Tribunal Constitucional. Pois é, já me havia esquecido que estamos na democracia das bananas!

Sobre ser ou não uma ameaça para o regime, basta ver a importância que se dá a um jovenzinho com eu, “sem ética nem estudo”, o destaque que o próprio Carima tem dado ao meu nome nos seus espaços de rádio e jornal. Depois da edição em que fui convidado, voltei a ser alvo em cerca de três edições subsequentes das vossas fofocas de barbearia fantasiadas de debates, portanto, se quiser provar que não sou uma ameaça, tem de ser com actos e não com palavras, convença-se primeiro e depois aos outros, pare de me ter como alvo das vossas conversinhas de barbearia, afinal, não sou uma árvore com frutos, não tem porquê atirar pedras.

Prova de que, o texto do qual respondo, foi construído à base de mentiras e falácias graves, é onde diz: “permite se auto-intitular especialista em assuntos de segurança de Estado, inteligência e contra-inteligência, pois afirma que faz auto-estudo e por esta via considera que os Serviços de Segurança de Angola são fracos e quem os desempenha é boelo…” Se os bófias não prestassem um mal serviço, não teríamos registos audiovisuais de muitos deles, e não teríamos o desfecho que teve no caso do pneu da bicicleta do Luaty.

O Áudio da conversa que mais pareceu uma sessão de exorcismo, é bem claro, quem for ao encontro dele na internet, chegará facilmente a verdade sobre essa e outras mentiras, como a da apologia à violência e outras que o aspirante à Carbonoclastia Carima, teve ousadia de publicar num órgão que se quer sério.

Vamos pautar pelo bom senso e respeito, e principalmente não ofendam a inteligência de quem vos lê.

Com os melhores cumprimentos.

Carbono Casimiro