Lisboa - O regime angolano mantém a sua posição em não recuar face as pressões que lhe foram feitas pela oposição política (UNITA, CASA-CE, Bloco Democrático) no sentido de adiar as eleições de 31 de Agosto.
Fonte: Club-k.net
UNITA e CASA-CE recusam resultados fabricados
Até pouco tempo, o regime mostrou-se inclinado em dar continuidade ao processo eleitoral cujo desfecho seria “diminuir” o seu "scores" e atribuir 20% dos votos para a UNITA, a quem consideram ter mostrado capacidade de mobilização. De entre as formações partidárias concorrentes as eleições, o único que não deverá entrar para o parlamento é o PAPOD, a quem o regime prevê extinguir devido à percentagem baixa que se lhes vai atribuir.
Os resultados caso, o regime não mude a sua posição, deverão estar em conformidade com a seguinte percentagem, a saber:
MPLA - 63%
UNITA - 20%
CASA- 7%
PRS - 4%
FNLA - 2,5%
ND - 2%
CPO - %
FUMA - %
PAPOD - Fica de fora
Os referidos resultados eleitorais são assegurados pela via informática a partir de um centro de escrutínio eleitoral localizado em Talatona, Luanda, sob alçada de um general da Casa Militar, Rogério Silveira. Para desinteligência dos trabalhos contaram com a assessoria de um grupo de russos especialistas em fraude eleitoral. Na sua fase inicial, foi indicado um oficial da Casa Militar, Coronel Anacleto Garcia Neto que tinha a missão de assessora-los. O Coronel Anacleto Garcia é um quadro formado em engenharia eletrónica e especializado na Rússia, no uso da eletrónica para realizar operações de contra-inteligência.
A feitura da fraude em Angola é do conhecimento restrito do circulo presidencial. No sentido de as conformá-las foram posta em marchas iniciativas e garantias a nível da CNE, como por exemplo, o não uso dos cadernos eleitorais nas eleições e a não entrega das copia das actas síntese aos representantes de partidos políticos da oposição que irão se fazer presente nas Assembléia de voto. A entrega das actas permite que cada partido toma conhecimento dos resultados em menos de 24h sem ter de esperar pelos resultados a serem lançados pelo centro de escrutínio encabeçado pelo general, Rogério Silveira.
A UNITA e a CASA-CE pretendem "não aceitar" os resultados oriundos da fraude e preveem contestar-los. O partido de Isaías Samakuva tenciona não reconhecer o próximo governo do MPLA inclinando-se na argumentação do artigo 4 da Constituição. O referido artigo retira legitimidade a governos eleitos em processos não democráticos e por via de golpes de Estado.
Artigo 4.º
(Exercício do poder político)
1. O poder político é exercido por quem obtenha legitimidade mediante processo eleitoral livre e democraticamente exercido, nos termos da Constituição e da lei.
2. São ilegítimos e criminalmente puníveis a tomada e o exercício do poder político com base em meios violentos ou por outras formas não previstas nem conformes com a Constituição.
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